Comércio

Volume de vendas do comércio varejista apresenta crescimento em maio

O cenário negativo vivenciado em 2020 é um fator que contribui para o aumento considerável no setor este ano

Crescimento do comércio varejista - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em um cenário de recuperação, o volume de vendas do comércio varejista de Pernambuco registrou alta de 26,8% no mês de maio em relação ao mesmo período de 2020, acumulando crescimento de 13,2% no ano. Já o volume de venda do comércio varejista ampliado, apresentou variação de 53,0% em maio na comparação interanual e crescimento acumulado de 28,1%. Os dados foram divulgados na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

“Os resultados do comércio varejista de Pernambuco em maio, na comparação com o ano passado, ainda carregam grande efeito da base de comparação. O desempenho em 2020 foi bastante impactado pela pandemia, então os dados da retomada em 2021 parecem extraordinário. Um exemplo, é o segmento de ‘livrarias e papelarias’, que de janeiro a maio de 2021 acumula crescimento de 2,3% nas vendas, após seis anos consecutivos de quedas entre 5% e 32% no mesmo período. Já o segmento de vestuário e calçados, que acumulada crescimento de 34,4% de janeiro a maio, é favorecido pela reabertura das atividades e, consequentemente, pela retomada da busca por vagas no mercado de trabalho”, explica o assessor econômico da Fecomércio PE, Ademilson Saraiva. 

Os resultados do varejo em Pernambuco, no mês de maio e no acumulado do ano desde janeiro, são superiores aos registrados pelo Brasil e na média da região Nordeste, tanto para o varejo tradicional quanto para o varejo ampliado.

No segmento de ‘hipermercados e supermercados’, os resultados vêm sendo afetados pela elevação dos preços de alimentos e bebidas, que reduzem o ímpeto de compra dos consumidores pernambucanos, fazendo com que o volume de vendas dos estabelecimentos registre queda de 11,5% no mês de maio e acumule -7,1% no ano.

No acumulado do ano, o desempenho do segmento de ‘hipermercados e supermercado’ só fica à frente de ‘informática, comunicação e materiais e equipamentos de escritório’ (-8,7%) e do segmento de ‘eletrodomésticos’ (-14,1%), este que no ano passado cresceu 40,5% no mesmo período, impulsionado pela compra de mais aparelhos para o lar, em função necessidade de isolamento social.