Estudo mostra que mais de 50% dos casos de doping olímpicos vêm do atletismo
Nessa categoria, o Brasil é um dos países mais limpos, sem medalhas retiradas nos últimos 20 anos
Um novo estudo feito mundialmente, que analisa os atletas que testaram positivo para doping em 17 países nas cinco últimas edições dos Jogos Olímpicos, revela que 53% dos casos de doping vêm do atletismo. Nessa categoria, o Brasil é um dos países mais limpos, sem medalhas retiradas por doping nos últimos 20 anos. O pódio pertence à Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, com um total de 56 medalhas despojadas, principalmente no atletismo e levantamento de peso (36%). Na Europa, 43% dos casos de doping olímpico vêm do Hipismo - atletas usaram drogas em seus cavalos para um melhor desempenho na competição.
María Luisa Calle, ciclista colombiana, é a única atleta latino-americana a recuperar a sua medalha de bronze depois de lhe ter sido retirada, nos Jogos de 2004, em Atenas. Na verdade, ela está entre os 4 medalhistas despojados (3%) dos 117 que tiveram as suas medalhas revogadas, porque o seu resultado de teste para heptaminol (substância proibida) foi provado incorreto.
A pesquisa desenvolvida pelo site apostasonline.net mostra também que o maior número de casos de doping (42% correspondendo a 50 atletas) ocorreu nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, devido, principalmente, ao escândalo russo. No entanto, a Rússia mostra capacidade de se recuperar, sendo a segunda a conquistar o maior número de medalhas subsequentes em outras competições igualmente principais (26 no total). Enquanto os países europeus, mais especificamente Irlanda (32) e Itália (32), encontram-se em primeiro lugar.
De acordo com a análise, a ginasta romena, Andreea Răducan, é a atleta mais jovem a testar positivo para doping nas Olimpíadas com apenas 17 anos. Ela encontra-se nos 26% de atletas que viram sua medalha de ouro ser retirada.
Além disso, as penalidades são aplicadas para aqueles que desafiam a lei. E o estudo revela que o banimento vitalício é a terceira punição mais empregue. Essas penalidades, foram maioritariamente atribuídas a atletas do sexo feminino (83%), na média dos 29 anos, na categoria de atletismo (71%). Aqui, a Rússia lidera com 57%, seguida dos Estados Unidos (29%) e da Ucrânia (15%).