Homenagem

Brasileira que ajudou a sequenciar DNA do coronavírus é homenageada com boneca Barbie

Jaqueline Góes de Jesus, a biomédica brasileira que integrou a equipe que sequenciou o DNA do coronavírus - Reprodução / Instagram

Jaqueline Góes de Jesus, a biomédica brasileira que integrou a equipe que sequenciou o DNA do coronavírus, foi uma das cientistas homenageadas pela fabricantes de brinquedos Mattel, que criou uma série de bonecas Barbie alusiva ao trabalho de mulheres na pesquisa sobre o novo coronavírus.

A equipe da biomédica realizou o sequenciamento genético do novo coronavírus dos primeiros casos de Covid-19 na América Latina. Também foram homenageadas outras cinco cientistas, entre elas a britânica Sarah Gilbert, que liderou a criação a vacina de Oxford-AstraZeneca.

Aos 31 anos, Jaqueline tem se destacado no campo da biomedicina, por exemplo, com participação na equipe que sequenciou o genoma do vírus da zika. Nascida em Salvador, na Bahia, Jaqueline é filha de uma enfermeira e de um engenheiro civil, ela é atualmente pesquisadora bolsista da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), em nível de pós-doutorado, no Instituto de Medicina Tropical de São Paulo — Universidade de São Paulo (IMT-USP). Também desenvolve pesquisas na área de arboviroses emergentes.

A cientista é graduada em Biomedicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, mestre em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI) pelo Instituto de Pesquisas Gonçalo Moniz — Fundação Oswaldo Cruz (IGM-FIOCRUZ) e Doutora em Patologia Humana pela Universidade Federal da Bahia em ampla associação com o IGM-FIOCRUZ.

Genoma do coronavírus
Sob coordenação da imunologista Ester Cerdeira Sabino, a equipe de Jaqueline sequenciou o genoma do vírus SARS-CoV-2 apenas 48 horas após a confirmação do primeiro caso de covid-19 no Brasil,  quando a média mundial para esse sequenciamento foi de 15 dias. 

As amostras para a pesquisa foram colhidas do primeiro paciente brasileiro infectado pelo novo coronavírus, em 26 de fevereiro de 2020. O estudo de sequenciamento genético possibilitou diferenciar o vírus que infectou o paciente brasileiro do genoma identificado em Wuhan, o epicentro da epidemia na China. 

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