Jogos Olímpicos

França vence Argentina e garante medalha olímpica inédita no vôlei masculino

Vitória por 3 a 0 garantiu a equipe francesa na final; Disputa pelo ouro será com o Comitê Olímpico Russo, que venceu o Brasil por 3 a 1

Yuri Cortez/AFP

A França garantiu sua primeira medalha olímpica no vôlei masculino, e agora resta saber se ela será de ouro ou de prata. Na segunda semifinal das Olimpíadas de Tóquio, nesta quinta-feira (5), os franceses venceram a Argentina por 3 sets a 0, com parciais de 25/22, 25/19 e 25/22, para avançar à final contra o Comitê Olímpico Russo, que nesta madrugada eliminou o Brasil.

O resultado joga a Argentina no caminho do Brasil na disputa da medalha de bronze, em partida que está marcada para 1h30 da manhã (de Brasília) da madrugada de sexta para o sábado.

Essa partida será uma reedição da disputa do bronze dos Jogos de Seul-1988, quando os argentinos levaram a melhor e venceram por 3 a 2, conquistando a única medalha que tem na modalidade em Jogos Olímpicos. Neste mesmo ano, os franceses haviam conseguido sua melhor campanha, com o oitavo lugar.

Brasil e Argentina já se enfrentaram nos Jogos deste ano com vitória brasileira, de virada, por 3 sets a 2.

O JOGO

Os franceses ficaram em vantagem no placar por quase todo o primeiro set, com exceção de dois rápidos intervalos quando os argentinos conseguiram tomar a frente.

Visivelmente mais tranquila que a adversária, a França fechou a primeira parcial em 25 a 22 e jogou ainda mais a pressão para o lado argentino.

No segundo set o saque forçado dos franceses ganhou ainda a ajuda do bloqueio pesado e de Clevenot, que foi o nome do set virando praticamente todas as bolas que chegavam em suas mãos.

A tônica do jogo foi mantida no terceiro set. Os franceses abriram vantagem logo nos primeiros pontos disputados e os argentinos correram atrás, em busca do milagre que os levaria para a final.

Dessa vez era o oposto Jean Patry quem se destacou com saques que complicavam a vida da defesa argentina e ataques perfeitos.

A Argentina chegou a buscar o empate vibrando demais no bloqueio de Solé sobre Ngapeth para deixar o jogo em 15 a 15. A resposta foi imediata com dois pontos seguidos dos franceses, mas logo em seguida viria um novo empate.

Os "hermanos" deixaram claro que não se entregariam tão facilmente. Quando a França abriu três, um desafio foi fundamental para mostrar a invasão de le Goff e o ponto argentino.

A diferença de um ponto para os franceses seguiu até o 21 a 21, quando Poglajen errou o ataque e permitiu a seleção europeia voltar a abrir de novo e trocar pontos até fechar o jogo.