Futebol

“Dia irreconhecível”, lamenta Hélio após goleada

Técnico do Náutico não escondeu irritação pelo resultado, mas evitou tecer críticas aos atletas, chamando para si a responsabilidade pelo tropeço

Hélio dos Anjos - Tiago Caldas/CNC

O técnico Hélio dos Anjos é conhecido por ser bastante agitado à beira do gramado. Mesmo enquanto o Náutico estava invicto, liderando a Série B do Campeonato Brasileiro. Atualmente, o topo ainda é do Timbu, mas os tropeços já começaram. O mais recente, de forma avassaladora. Nos Aflitos, os pernambucanos perderam por 4x0 para o Confiança, então lanterna do torneio. O que falar sobre o resultado? Para o treinador, restou lamentar, chamando a responsabilidade para si e evitando criticar os atletas.

“Começamos a nos desestabilizar no primeiro lance da partida. Tomamos o gol em uma jogada incrível, mas fomos jogar. Nos sujeitamos a contra-ataque e, em um lance isolado, erramos bizonhamente. O homem de retenção estava na bola, meu zagueiro também saiu junto, mas o jogador tocou a bola e matou com a gente no primeiro tempo. Fiquei mais bravo com o terceiro gol, que nos tirou a possibilidade de reverter o quadro. Um gol que a bola cruzou minha grande área três vezes. A responsabilidade é toda minha, não dos jogadores. Não vai acontecer mais um desastre tão grande como foi hoje. Foi um dia irreconhecível”, lamentou o treinador. 

“Foi um acidente grande. Não tenho isso de que ‘a derrota ensina’. O que ensina são as vitórias. Temos que reconhecer os erros. Não somente os jogadores, staffs. O clube, como um todo. Ninguém gosta de perder dessa forma. Acham que eu queria perder de 4x0 em casa? Perdendo a invencibilidade (como mandante)? As coisas foram difíceis e a consequência não foi boa. Nosso problema agora é reativar o grupo, pontuando nos jogos fora de casa”, apontou. 

Hélio também explicou as mudanças feitas para o jogo. Sem Hereda e Bryan, Thassio foi utilizado na lateral direita, com Breno Lorran na esquerda. Na frente, Iago Dias foi o substituto de Vinícius, suspenso.

“Iago tem características semelhantes a de Vinícius. Quando perdi Bryan e Hereda, optei por Thassio, que até fez um ótimo jogo na minha visão. Era o substituto imediato. Breno eu botei porque acreditei na ofensividade dele. Saiu porque tomou um amarelo e fiquei preocupado porque seria um jogo de muitos contra-ataques no segundo tempo. Não mexi na estrutura ofensiva para que eu tivesse mais composição de jogo. Marciel, pelo lado, tem facilidade de fazer o time jogar. A saída dele, inclusive, foi por questão tática, com uma movimentação maior na grande área”, argumentou.