Jogos Olímpicos

Relembre dia a dia como foram as Olimpíadas de Tóquio

Brasil fez sua melhor campanha em uma única edição dos Jogos

Rebeca Andrade tornou-se a primeira atleta brasileira a conquistar duas medalhas numa única edição das Olimpíada. A - Foto: Ricardo Bufolin/Panamerica Press/CBG

As Olimpíadas de Tóquio chegaram ao seu final neste domingo (8), após mais de um ano de incertezas sobre sua realização, em razão da pandemia da Covid-19, que provocou o adiamento de 2020 para 2021.

O Brasil fez sua melhor campanha em uma única edição dos Jogos e terminou na 12ª posição na classificação geral, com inéditas 21 medalhas totais –com 7 ouros, igualando o recorde da Rio-2016.
Relembre o que de melhor aconteceu durante o evento no Japão.

Dias 1, 2 e 3 (21, 22 e 23 de julho)
As Olimpíadas começaram oficialmente com a cerimônia de abertura, marcada pelos traços da pandemia, do isolamento e pela pira olímpica acesa por Naomi Osaka. Mas, na verdade, esse já era o terceiro dia de competições. Esportes coletivos, como futebol e softbol, já haviam iniciado suas disputas.

Dia 4 (de 23 para 24 de julho)
No primeiro dia cheio de competições, o Brasil saiu frustrado com a derrota de Nathalie Moellhausen. Ela era candidata à uma inédita medalha para o país, na esgrima. A seleção masculina de vôlei venceu em sua estreia, e o Equador conquistou seu segundo ouro na história das Olimpíadas.

Dia 5 (de 24 para 25 de julho)
A estreia do skate em Olimpíadas deu ao Brasil sua primeira medalha em Tóquio, a prata de Kelvin Hoefler na disputa do street. Mais tarde, Daniel Cargnin, do judô, conseguiu o bronze na categoria até 66 kg. A modalidade foi disputada no lendário Budokan, um templo do esporte no Japão.

Dia 6 (de 25 para 26 de julho)
Mais skate, mais medalha. Se as mais experientes e badaladas Leticia Bufoni e Pâmela Rosa ficaram de fora da final feminina do street, Rayssa Leal, aos 13 anos, tornou-se a mais jovem medalhista do Brasil ao ficar em segundo lugar na decisão.

Dia 7 (de 26 para 27 de julho)
E o primeiro ouro da história do surfe em Olimpíadas veio para o brasileiro Italo Ferreira. O potiguar emendou vitórias nas quartas, nas semis e na final, tudo no mesmo dia, para sagrar-se campeão.
Líder do ranking mundial, Gabriel Medina caiu nas semifinais e perdeu a disputa do bronze. Hugo Calderano tornou-se o primeiro mesatenista brasileiro a chegar às quartas de final dos Jogos.

Dia 8 (de 27 para 28 de julho)
Simone Biles entrou para a história do esporte, mas não por completar uma pirueta ou conquistar uma medalha. A americana, favorita para o ouro em tudo que disputasse na ginástica, retirou-se da competição do individual geral para preservar a própria saúde mental (a primeira de uma série de desistências). A decisão acendeu o debate sobre os efeitos da pressão e da rotina exaustiva dos atletas do alto rendimento.
Hugo Calderano foi eliminado nas quartas de final do tênis de mesa.

Dia 9 (de 28 para 29 de julho)
Sem Biles, Rebeca Andrade brilhou na disputa do individual geral e conquistou a prata, primeira medalha de uma brasileira na ginástica artística. Também fez história a judoca Mayra Aguiar, ao conquistar o ouro e tornar-se a primeira atleta do país a alcançar a marca de três pódios olímpicos em um esporte individual.

Dia 10 (de 29 para 30 de julho)
Em busca de seu primeiro ouro, a seleção feminina de futebol foi eliminada bem antes disso, nas quartas de final, para o Canadá, nos pênaltis. Uma queda precoce da equipe de Pia Sundhage.

Dia 11
Luisa Stefani e Laura Pigossi sequer estavam classificadas para as Olimpíadas a uma semana da cerimônia de abertura. Foram chamadas de última hora, mas deixaram a competição com glórias: a dupla levou o tênis brasileiro à sua primeira medalha em Olimpíadas ao conquistar o bronze.

Dia 12 (de 31 de julho para 1º para)
Mais uma vez, Rebeca Andrade conquistou um feito inédito. Após a primeira medalha, a brasileira disputou a prova do salto e conseguiu o primeiro ouro de uma brasileira na ginástica em Olimpíadas. Além dela, Bruno Fratus, enfim, conseguiu a sua tão sonhada medalha dos Jogos: um bronze na prova dos 50 m livre.

Dia 13 (de 1º para 2 de agosto)
Em busca de uma terceira medalha seguida em Olimpíadas, Arthur Zanetti arriscou tudo para tentar subir ao pódio na final. Mas o medalhista de ouro em Londres-2012 e prata na Rio-2016 desta vez errou, caiu e ficou em oitavo. Rebeca Andrade voltou ao ginásio para a decisão do solo, mas cometeu falhas na série e acabou em quinto lugar.

Dia 14 (de 2 para 3 de agosto)
Após dias de competição, a disputa da categoria 49er FX da vela terminou. E com ouro para as brasileiras Martine Grael e Kahena Kunze. Com exceção das modalidades coletivas, antes do bicampeonato da dupla (campeã na Rio-2016), apenas Adhemar Ferreira da Silva havia conquistado dois ouros na sequência. A façanha do atleta no salto triplo foi alcançada em Helsinque-1952 e Melbourne-1956.
No atletismo, Alison dos Santos conquistou a primeira medalha do Brasil em provas de pista desde 1988, um bronze nos 400 m com barreiras. Já Isaquias Queiroz e Jacky Godmann ficaram em quarto na final da canoagem C2.

Dia 15 (de 3 para 4 de agosto)
Seis vezes eleita a melhor do mundo, Ana Marcela Cunha finalmente conquistou sua tão sonhada medalha olímpica na maratona aquática, e foi logo a de ouro. Por outro lado, Alison e Álvaro foram eliminados pela dupla da Letônia e o Brasil ficou pela primeira vez na história sem nenhuma equipe nas semifinais do vôlei de praia, tanto no masculino quanto no feminino.

Dia 16 (de 4 para 5 de agosto)
No último dia do skate, mais uma medalha para o Brasil, mais uma prata. Pedro Barros, um dos maiores nomes do esporte, ficou com o segundo lugar na categoria park. Se Bia Ferreira tornou-se a primeira brasileira a avançar a uma final do boxe, a seleção masculina de vôlei caiu para a Rússia na semifinal e foi à disputa do bronze.

Dia 17 (de 5 para 6 de agosto)
Com a vitória sobre a Coreia do Sul, a seleção brasileira feminina de vôlei avançou à final, assegurou ao menos uma prata e garantiu ao Brasil 20 medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Assim, o país superou a marca de 19 pódios, até então o recorde, conquistado na Rio-2016.


Dia 18 (de 6 para 7 de agosto)
Pela primeira vez na história, o Brasil conseguiu três ouros em um mesmo dia. O primeiro veio com Isaquias Queiroz, que, após o quarto lugar na canoagem C2, voltou dominante para a disputa da categoria C1 e se sagrou campeão olímpico pela primeira vez. Mais tarde, Hebert Conceição nocauteou Oleksandr Khyzhniak, virando a final no boxe e tornando-se o segundo pugilista do país a subir ao lugar mais alto do pódio.
Para completar a trinca dourada, a seleção brasileira de futebol venceu a Espanha por 2 a 1 e conquistou o bicampeonato. Já o vôlei masculino perdeu a disputa pelo terceiro lugar e terminou sua jornada em Tóquio sem subir no pódio.

Dia 19 (de 7 para 8 de agosto)
O último dia de disputa rendeu ao Brasil o 12º lugar na classificação geral, o melhor do país em Olimpíadas. Foram mais duas pratas. Primeiro, a boxeadora Bia Ferreira caiu na final contra Kellie Harrington, da Irlanda. Depois, a seleção brasileira feminina de vôlei perdeu por 3 sets a 0 para os Estados Unidos na decisão do torneio.
Terminou, como sempre, com a cerimônia de encerramento e a passagem de bastão para Paris. A capital da França receberá os Jogos Olímpicos de 2024.