Ao lado do filho, Fran, Preta Gil canta em novo single: "Todo mal para longe"
Ao lado do filho Fran, artista se reconecta com raízes musicais na canção "Meu Xodó", composta por ele
Na pandemia, lidar consigo mesmo virou obrigatório. Se questionar e se entender foi uma atividade imposta pelo isolamento e mudança no cotidiano. Como a maioria de nós, Preta Gil, que completou 47 anos no último dia 8 de agosto, mirou na sua essência para conseguir enfrentar os novos tempos.
De filho para mãe
A cantora revisitou suas raízes musicais em novo single, cantado ao lado do filho, Fran. Na canção "Meu Xodó", escrita por Fran para a mãe, ela fala sobre afeto e proclama: "Todo o mal pra longe daqui".
A produção traz a Preta do primeiro álbum, "Prêt-à Porter", para conversar com essa nova mulher e artista, mais madura e serena. Hoje avó, recorda como foi a recepção do seu primeiro disco, lá em 2003: "Quando lancei meu primeiro álbum, ninguém entendia que tipo de música era aquela, que estilo musical era aquele, com aquelas referências afro e com aquele swingue".
Agora, com 18 anos de jornada, a cantora ressuscitou sua raiz musical com uma letra de Fran. "Eu acho que a gente teve um grande resgate assim de um lado meu mais MPB mesmo, é como se a gente, como se eu desse a volta, né? Um ciclo para voltar para o começo", concluiu, em entrevista exclusiva à Folha de Pernambuco.
O afoxé se faz forte na letra de Fran. Para ele, o retorno da mãe para suas raízes tem um ar de conexão. "Minha mãe fazia um som que se tornou também a minha raiz musical, então esse trabalho foi para conectar essa raiz da minha mãe com o som que eu faço hoje", falou o filho e compositor nas redes sociais.
"Xodó", pela definição de Gilberto Gil, que abre o clipe de mãe e filho, é dengo, apego, carinho e chamego, portanto, acaba por ser aquilo que todos nós precisamos para lidar com as perdas da pandemia.
Música é bálsamo
"Eu passei por um ano muito difícil, de muitas perdas. Literalmente, muita gente que eu amo se foi. O isolamento da quarentena, que já dura um ano e meio, a perda dos palcos pra mim, para o meu setor, as dores do mundo, que eu sinto muito, é tudo muito intenso. Mas a música e a arte, principalmente essa música feita pelo meu filho, me reconectou com essa energia vital que é a música pra mim", contou.
Na letra de "Meu Xodó", Preta traz, como de costume, sua religiosidade e devoção ao seu santo. "Pedi pro meu santo uma bença e eu peço licença pra poder cantar/Eu vejo teu canto tão doce e sereno trazendo pra cá/Toda a gente que nos faz sorrir/Pra gente poder misturar/Que hoje eu só quero sorrir"
Preta além do palco
Além de cantora, Preta Gil é apresentadora, atriz e empresária. Esse último ofício é carregado por toda uma vida. Preta já trabalhava com negócios antes mesmo de embarcar na música."Eu comecei minha vida profissional aos dezesseis anos com publicidade e ela nunca me deixou, principalmente a coisa do marketing da estratégia", contou.
Atualmente, como sócia-diretora da Mynd, uma agência de celebridades, Preta põe em prática essa expertise para dar visibilidade a outras pessoas.
"A minha vida inteira foi pautada por dar visibilidade, apoio, energia, gás, o que for para o outro, né? Eu tenho muito prazer em ver as pessoas brilharem", explicou. O trabalho na Mynd ganhou destaque por conta do alcance de seus assessorados, como Pabllo Vittar, Babu Santana, Lexa, Fiuk, Elba Ramanho, Camilla de Lucas, Galvão Bueno e diversos outros.
Para a empresária, a busca por pessoas para o casting da Mynd não é apenas baseada no quão famosa é, mas de uma observação do talento. "Eu não acredito em celebridades, eu acredito em talentos. E é muito doido porque na Mynd a gente acredita nas pessoas independente de que estágio elas estejam da vida. E a gente vê isso em pessoas começando, em pessoas em plena ascendência, pessoas que já bombam e a gente pode dar um novo gás para as carreiras delas. Mas, na nossa história a gente tem de tudo. A gente tem Camilla de Lucas, que ascendeu na pandemia, fez muito sucesso na internet e explodiu no Big Brother. Tem as pessoas que nos procuram e tem pessoas que eu me apaixono, ou eu ou a Fátima, e a gente procura para começar a namorar", contou.
Banca digital Mynd
Recentemente, a banca digital Mynd, parte ligada a diversos perfis de entretenimento das redes sociais, foi acusada de envolvimento em um escândalo sobre pagamento de perfis de fofoca. O rumor seria de que perfis influentes no mundo digital receberiam um valor para falar de determinadas pessoas sem etiquetar publicidade.
De acordo com a empresa, os perfis de fofoca que fazem parte de sua banca não são controlados por ela. Contudo, foi criado um Comitê de Integridade para reforçar o respeito às leis de conteúdo publicitário no País por assessorados da Mynd.
O comitê será responsável por reforçar a cultura ética da empresa junto aos seus funcionários, colaboradores, parceiros e agenciados, garantindo que todos conheçam, entendam e respeitem as normas, leis brasileiras e os códigos de autorregulamentação publicitária estipulados pelos órgãos competentes.
Sobre o controle de conteúdo, Fátima Pissarra, CEO da Mynd, informou: “É fundamental atualizar e reforçar os códigos de conduta e as políticas de transparência de uma empresa. Ancorados em nosso propósito, princípios e valores éticos, construímos o hoje e nos preparamos para o amanhã”.
A executiva ainda reforçou que o comportamento dos seus contratados não é controlado pela empresa. “A Mynd garante a liberdade editorial de seus talentos, creators e artistas. Não interferimos na criação de seus conteúdos, mas é preciso que todos sigam e respeitem as normas estipuladas pelo mercado. Estaremos atentos para combater qualquer tipo de injúria, preconceito e, até mesmo, a propagação de fake news nas plataformas digitais”, informou.