CORONAVÍRUS

Rússia tem recorde de 808 mortes por Covid-19 em 24 horas

Agência russa Rosstat estima que o país soma mais de 300 mil mortes desde o início da pandemia, governo contabiliza 168.049 óbitos

Metrô na cidade de Moscou, na Rússia - Kirill KUDRYAVTSEV / AFP

A Rússia registrou 808 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, um recorde desde o início da pandemia no país, resultado, principalmente, da presença da variante Delta do vírus e da lenta campanha de vacinação.

Também foram registrados 21.932 novos casos, conforme balanço diário publicado pelo centro de crise do governo russo.

A pandemia voltou a ganhar força no país no início do verão.

No total, o governo contabiliza 168.049 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia. Este número é parcial, porém, pois leva em consideração apenas os casos em que a necropsia determinou o coronavírus como principal causa do óbito.

A agência russa de estatísticas, a Rosstat, estima que as mortes por covid-19 no país tenham passado de 300.000 até o final de junho.

A onda da pandemia provocada na Rússia pela variante Delta deixou 21.0000 mortos em junho no país, segundo a Rosstat. 

Mesmo diante deste quadro, o número de russos vacinados não aumento de forma significativa. A população mantém uma grande desconfiança em relação às vacinas de fabricação nacional, a começar pela Sputnik V.

Até o momento, apenas 30% da população recebeu pelo menos uma dose do imunizante. Nenhuma das vacinas aprovadas nos países ocidentais foi autorizada na Rússia.

Apesar da situação complicada, as restrições foram suspensas - sobretudo, em Moscou, epicentro da pandemia - por razões econômicas. 

Uma espécie de passaporte sanitário entrou em vigor em julho e era indispensável para a entrada em restaurantes na capital. Foi rapidamente cancelado.

A máscara é obrigatória, em tese, em locais fechados, como transporte público, mas muitas pessoas não usam este equipamento de proteção.