Estresse com a proximidade da prova: saiba como amenizar os sintomas
Se você está se sentindo ansioso com a chegada da prova, saiba que não está sozinho e que pode reverter esse quadro
Faltando cerca de três meses para o Enem, é normal que o estudante fique apreensivo e ansioso para ter um bom desempenho na prova. Porém, é preciso ficar atento à intensidade desses sintomas. Caso sejam recorrentes, esses sinais podem estar associados a problemas mais complexos como, por exemplo, a depressão.
Passar no vestibular não é uma tarefa fácil, por isso, alguns alunos abdicam das suas horas de lazer para se dedicar aos estudos, afetando o psicológico do candidato. Além disso, muitos estudantes sofrem com a pressão pessoal e familiar, que desencadeia sensações de medo e de apreensão em relação ao futuro.
Por ser um período muito conturbado, é normal que o candidato sinta medo antes e durante a prova. “Depois de muito tempo dedicando-se a estudos, leituras e horas sem dormir, é natural que o aluno ao se aproximar da data da prova sinta-se inseguro e emocionalmente instável. Sintomas como dificuldade de concentração, perda de apetite e insônia, são decorrentes do estado aumentado desses sentimentos, que comprometem o desempenho do aluno, prejudicando seus resultados, havendo possibilidades do aparecimento de um transtorno, abalando a saúde mental desses jovens” destaca a psicóloga especialista em Psicologia Clínica, Silvia Lasalvia.
“Fico com medo de não conseguir passar na prova e desapontar os meus pais, pois são eles quem financia meus estudos. Também fico apreensivo por conta da pandemia, porque isso prejudicou a minha rotina de estudos”, conta o estudante Carlos Henrique Dias, de 19 anos, que sonha em cursar Engenharia Elétrica na Universidade de Pernambuco.
O candidato precisa estar atento para não ser prejudicado pelas suas emoções antes e durante a aplicação da prova. “A ansiedade é uma sensação própria do ser humano, que tem como função preparar o indivíduo para defender-se em situações de perigo. Entretanto, quando intensificada de maneira desproporcional à realidade, torna-se altamente tóxica, afetando significativamente o comportamento e bem-estar do concorrente a uma vaga na universidade”, lembra Lasalvia.