Copa Libertadores

Fluminense cai na Libertadores e frustra semifinal 100% brasileira

Com o resultado, a semifinal da Copa Libertadores terá um equatoriano entre três brasileiros

MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC

 A semifinal da Copa Libertadores terá um equatoriano entre três brasileiros. O Barcelona-EQU se valeu do regulamento, protegeu sua área e conseguiu um empate por 1 a 1 com o Fluminense, nesta quinta-feira (19), no estádio Monumental de Guayaquil. O adversário na próxima fase será o Flamengo.

Até então com 100% de aproveitamento em casa, os equatorianos venciam o Fluminense, invicto como visitante, até os 50 minutos do segundo tempo. Um gol de Fred, então, deixou o placar igual. Como na partida de ida, no Maracanã, houve empate por 2 a 2, o Barcelona se classificou por ter feito mais gols como visitante.


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Essa será a quinta semifinal do Barcelona na principal competição de clubes do continente. Desfalcado e com pouco repertório ofensivo, o Tricolor de Roger Machado teve muita posse de bola, mas quase não agrediu o rival.

SEMI BRASILEIRA CAI
Com Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG já classificados, a expectativa era grande pelo confronto entre Barcelona x Fluminense, já que a semifinal poderia ser toda brasileira e com clássico carioca. A possibilidade, entretanto, se esgotou com o empate do Flu em Guayaquil. Mesmo com o controle da posse de bola e criando mais chances, o Tricolor sucumbiu ao time equatoriano.

O JOGO
Assim como na partida de ida, no Maracanã, o Fluminense começou melhor em campo. Com mais posse e muita movimentação do meio para a frente, o Tricolor era paciente, e achava espaços principalmente pelo meio. Ganso, escolhido de Roger para comandar o setor, se destacava nos passes. Em jogada com sua participação, aos 13, Luiz Henrique recebeu na entrada da área e soltou uma bomba, levando perigo ao gol de Burrai.

Dos dois lados, Burrai e Marcos Felipe pareciam estar sem muita confiança em campo. Primeiro, o goleiro argentino do Barcelona se chocou de novo com o paraguaio Rivero, mas diferente do jogo de ida, quando Gabriel Teixeira abriu o placar na sobra, o zagueiro conseguiu cortar de cabeça. No lado do Flu, o camisa 1 saiu esquisito em dois lances e preocupou a torcida.

O Fluminense já mandava no jogo quando aos 35, Luiz Henrique recebeu lançamento de André, o melhor do time no primeiro tempo, e cruzou para a área despretensiosamente. O goleiro Burrai bateu roupa, mas ninguém de camisa tricolor apareceu para aproveitar o rebote.


Em uma cobrança de escanteio de Egídio, aos 38, Paulo Henrique Ganso quase marcou um gol antológico em Guayaquil. O camisa 10 aproveitou corte da zaga e deu uma linda bicicleta, mas Burrai impediu o gol. Ao se chocar com o chão, o meia sofreu contusão séria no braço e saiu chorando de campo.

SEGUNDO TEMPO
O jogo voltou mais aberto, mas o Fluminense ainda detinha o domínio da posse de bola e das ações. Logo aos dois minutos, em cruzamento na área, Fred se chocou com o zagueiro Rivero e caiu no chão. O lance seguiu, e o árbitro Esteban Ostojich cruzou o campo, na sequência, para acompanhar o jogador. O VAR analisou o lance, já que o paraguaio esqueceu a bola e deu uma ombrada no peito do camisa 9 do Flu. O choque foi claro, mas o árbitro de vídeo ignorou o pênalti.

No minuto seguinte, em cobrança curta de escanteio, o Barcelona mostrou uma jogada ensaiada e Molina achou León sozinho na entrada da pequena área. Sem cacoete de centroavante, o zagueiro mandou a bola por cima do gol, assustando o Fluminense.

A partida era movimentada, e aos seis, o Flu mais uma vez quase abriu o placar. Yago, Luiz Henrique e Egídio combinaram na esquerda, e o lateral foi à linha de fundo cruzar no segundo pau. Fred subiu muito, mas passou um pouco da bola e cabeceou por cima.

Se não bastasse a tensão pela situação da competição, o Fluminense ainda perdeu mais um jogador por lesão. Aos 16, Luiz Henrique avançou por dentro e achou Yago, que perdeu a passada e viu León cortar de carrinho. Em ato contínuo, o zagueiro prendeu o pé de apoio do volante tricolor, que torceu no lance. Com o choque, o jogador não teve condições de seguir, e Roger lançou o jovem Kayky.

A saída de Yago acabou com a organização tática do Fluminense, já que seu substituto, assim como Cazares, apareceram muito pouco em campo. O Barcelona, que protegia sua área com as linhas baixas, começou a ganhar terreno e aproveitar os espaços do Tricolor. Aos 27, o equatoriano do Flu perdeu a bola no meio, e Hoyos deu um bolão para Mastrianni abrir o placar. No lance, Luccas Claro marcou a bola, deu condição ao atacante e foi encoberto. Só restou a típica levantada de braço para reclamar.

Já com Nenê e Abel Hernández nas vagas de Martinelli e Luiz Henrique, o Fluminense quase viu o Barcelona aumentar a fatura quatro minutos depois de abrir o placar. Mastrianni recebeu no meio, levantou a cabeça e soltou um foguete, que Marcos Felipe se esticou todo para fazer grande defesa e evitar que balançasse a rede do Tricolor.

Sem meio de campo, velocidade nas pontas nem ligação com os dois centroavantes, o Fluminense de Roger Machado desabou em campo. Entregue, com uma substituição a fazer - o Tricolor parou o jogo duas vezes por lesão, e o técnico mexeu duas vezes na terceira parada, deixando uma de lado - e cansado, o time sucumbiu ao Barcelona, que trabalhou a bola com Damián Diaz, quase ampliou com Hoyos e carimbou a vaga para a semifinal.

A noite do Fluminense terminou melancólica. Aos 49, a defesa do Barcelona cortou mal e a bola sobrou no pé de Fred na pequena área. O centroavante se enrolou, passou para Abel Hernández, que achou Kayky. O jovem de Xerém, sem goleiro, bateu por cima. O retrato da eliminação tricolor.

O jogo se encaminhava para o fim quando o árbitro Esteban Ostojich foi para o VAR. Na cabine, viu pênalti de Rivero em Luccas Claro. Na cobrança, Fred deslocou Burrai, marcou seu sétimo gol na Libertadores e se tornou o vice-artilheiro brasileiro na história da competição, ao lado de Palhinha, com 25 gols. Ainda assim, foi insuficiente. Na saída de bola, o árbitro pôs fim ao jogo.