Olinda

Antigo prédio da Caixa em Bairro Novo é interditado pela Prefeitura

Segunda a Secretaria Executiva de Defesa Civil do município, o imóvel está em estado avançado de deterioração

Prédio da antiga Caixa Econômica Federal de Olinda, em Bairro Novo, foi interditado pela Prefeitura - Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

O imóvel que abrigava a antiga unidade da Caixa Econômica Federal na Avenida Getúlio Vargas, em Bairro Novo, na cidade de Olinda, foi interditado nesta quarta-feira(25) pela prefeitura do município. Em nota, o órgão, por meio da Secretaria Executiva de Defesa Civil, afirmou que a inspeção no prédio se deu após denúncias de possível risco de colapso no local.

“Acompanhados de equipes da Secretaria de Meio Ambiente e Planejamento Urbano e da Secretaria de Saúde, os profissionais da Defesa Civil constataram que o prédio se encontra em estado avançado de deterioração, onde os elementos metálicos estão corroídos em diversos pontos”, explicou a gestão municipal.

Segundo a Defesa Civil, os componentes da fachada apresentam risco de ruir e atingir os transeuntes,. As recentes chuvas também agravaram a situação do prédio. Ainda de acordo com o órgão, será realizada, até sexta-feira (27), reunião com dirigentes da Fundação dos Economiários Federais (Funcef), proprietária do imóvel, a fim de definir ações emergenciais para mitigar os riscos estruturais.

“O prédio já está desocupado há cerca de um ano. A estrutura de sustentação está debilitada, precisando de reparos. E esses eventos vêm se agravando nos últimos tempos”, comentou o coronel Carlos D'Albuquerque, coordenador de Engenharia da Secretaria Executiva de Defesa Civil de Olinda. “A Funcef vai apresentar um cronograma de ações. O risco não é de o prédio cair, mas de as peças serem desprendidas”, completou.

Ao visitar o local, a reportagem da Folha de Pernambuco verificou avisos de interdição fixados no imóvel, que também indicavam embargos de obras. No entanto, em frente ao prédio, muitos carros estavam estacionados.

De acordo com o coronel, nos próximos dias, a área deverá ser isolada com tapumes, impedindo, inclusive, o uso do espaço frontal como estacionamento. “Há riscos de desprendimento das placas, que podem atingir as pessoas no local”, disse.

Proprietário de uma loja de vestuário que funciona em uma galeria vizinha ao imóvel interditado, o empresário Lucas Vieira, de 26 anos, destacou o medo sentido pelos comerciantes da região. “A gente sente receio. Querendo ou não, isso afeta. É um risco de queda de algum placa, alguma coisa atingir alguém, algum pedestre que esteja passando, algum veículo. É grande o perigo. A gente fica à mercê da solução do problema”, pontuou.

Funcionário de um lava-jato também vizinho ao imóvel, Leonardo Alheiros, de 32 anos, reforça o receio da população. “A gente trabalha aqui com muito medo porque tanto pode estar assim como desabar ou cair alguma janela de vidro e machucar alguém. São várias situações”, comentou. “Faz mais ou menos uns 20 dias que a gente escutou uma zoada de vidro se quebrando. Pensamos até que era aqui, mas a gente procurou e não achou e depois ficamos sabendo que foi do prédio”, recorda. 

A reportagem também tentou contato com Fundação dos Economiários Federais, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.