Mano Brown entrevista convidados e debate ideias em podcast do Spotify
"Mano a Mano" estreia nesta quinta-feira (26), com participação de Karol Conká
Acostumado a se comunicar com o público através de suas letras, o rapper Mano Brown agora leva seu pensamento crítico e discurso afiado para a podosfera. O integrante dos Racionais MC's lança o podcast “Mano a Mano”, nesta quinta-feira (26), exclusivamente no Spotify.
Seguindo o formato de um programa de entrevistas, o cantor e compositor recebe um convidado a cada novo episódio. Diante de personalidades de áreas de atuação diversas, o anfitrião comanda conversas sobre os mais diferentes temas, sem fugir das polêmicas.
“Há temas que você não tem como se acovardar e deixar de falar. Eu tenho o meu jeito de pensar, mas também não estou fechado a entendimentos novos. A gente está sempre em transformação e aprendendo”, declarou o apresentador, em entrevista coletiva realizada virtualmente.
A ideia de criar o podcast, segundo Mano Brown, surgiu com a pandemia. "Todo mundo ficou perplexo e o meu jeito de não ‘chapar’ foi estudar. Fui ler sobre filosofia, teologia, arqueologia e descobri coisas maravilhosas. Sou um contador de histórias nato. Acho que isso é próprio do rapper. Então, a gente resolveu investir nesse lado meu”, contou.
A primeira temporada conta com 16 episódios, que vão ao ar semanalmente, toda quinta-feira. No programa de estreia, o cantor recebe a rapper Karol Conká, bate-papo que ele aponta como um dos mais intensos. “Imagina uma pessoa que teve uma rejeição de mais 99% e que as pessoas não queriam ouvir. Nunca assisti ao BBB, mas a chamaria assim mesmo. Talvez, eu saísse de lá com uma rejeição ainda maior que a dela.Ter uma mulher negra, de frente para mim, num momento de fragilidade, foi marcante”, destacou.
Além da artista, “Mano a Mano” traz entre os entrevistados personalidades como o médico Drauzio Varella, o pastor Henrique Vieira e o técnico de futebol Vanderlei Luxemburgo. Sem temer o debate com quem possui opiniões contrárias a sua, Mano Brown também gravou com o político Fernando Holiday, conhecido por seu posicionamento conservador e direitista.
“Eu acho que essa guerra ideológica que ocorre no Brasil é algo com o qual a gente precisa aprender a lidar. Não é deixando de falar com o outro lado que ele vai deixar de existir. A gente vai ter que dialogar. Não é uma massa que possa ser desprezada ou desconsiderada”, opinou.