VIAGENS

União Europeia tira EUA e Israel de lista de países seguros de viajantes

Trata-se, porém, de uma recomendação, já que cada país tem soberania para decidir sobre seu controle de fronteiras

Cidade de Nova York - Spencer Platt / Getty Images North America / Getty Images Via AFP

A União Europeia tirou os Estados Unidos e Israel de sua lista de países seguros de viajantes na pandemia. Nesta segunda-feira (30), governos do bloco decidiram retirar estes e outros quatro países da lista. Na prática, turistas vindos desses lugares poderão ser submetidos a controles mais rígidos, como testes e quarentenas obrigatórias.

Kosovo, Israel, Montenegro, Líbano e Macedônia do Norte também saíram da lista segura, que busca unificar as regras de acesso ao bloco.

Trata-se, porém, de uma recomendação, já que cada país tem soberania para decidir sobre seu controle de fronteiras.

Alguns países europeus, como Alemanha e Bélgica, já incluem os EUA na categoria vermelha, que requer testes de Covid e quarentena dos viajantes –algo que não acontece na França e na Holanda, por exemplo, onde até o momento o país era considerado uma origem segura.

A lista se baseia na situação da Covid-19 em cada país e também leva em conta a reciprocidade nas políticas em relação aos europeus.

A média de casos diários da doença nos EUA cresceu para mais de 450 por milhão de pessoas na última semana. No meio de junho, quando o país entrou na lista segura da UE, eram apenas 40.

Os índices proporcionais de casos em Israel, Kosovo e Montenegro são ainda maiores.

A lista segura contém 17 países, incluindo Canadá, Japão e Nova Zelândia. O Brasil não está na relação.

O bloco ainda permite que visitantes não europeus que tenham se vacinado completamente contra a Covid entrem na Europa, apesar de alguns pediram testes e períodos de quarentena obrigatória na chegada.

Apesar dos apelos da UE, Washington não permite que cidadãos europeus visitem o país livremente. Isso levou a uma divisão entre os governos do bloco, com uma parte deles condenando a falta de reciprocidade, enquanto outra parte reluta em aplicar restrições aos americanos, temendo danos ao setor do turismo.