Náutico

Após assistente relatar racismo, Náutico afasta funcionário até término das investigações

No jogo entre o Timbu e o Retrô, pelo Estadual sub-20, árbitro afirmou ter sido chamado de "negro safado" por profissional alvirrubro

Confusão no jogo entre Retrô x Náutico, pelo Pernambucano sub-20 - Yan Cavalcanti

Após o árbitro assistente Anderson Cássio Matias Silva afirmar, no sábado (28), ter sido chamado de "negro safado", na partida entre Retrô e Náutico, pelo Permambucano sub-20, o Náutico voltou a se pronunciar sobre o assunto. Na ocasião, segundo a súmula, a agressão teria sido proferida por um funcionário alvirrubro. 

Na noite desta segunda-feira (30), através de nota, o clube afirmou ter apurado internamente o ocorrido. No entanto, "com escuta dos funcionários presentes, constatou-se que o roupeiro Marcelo Eugênio não proferiu qualquer agressão ao assistente da partida". Ainda segundo o Timbu, "um outro membro do grupo protestou durante a partida, com insultos", mas não teria cometido acusações racistas. 

Com o caso em andamento, o Náutico optou por afastar o profissional das atividades, até a conclusão das investigações da polícia. 

No sábado, o assistente teria apontado Marcelo aos policiais militares presentes no CT do Retrô, local onde ocorreu a partida. Além disso, o árbitro se dirigiu à delegacia de Camaragibe para prestar queixa contra o roupeiro, acompanhado pela equipe de arbitragem do jogo. Mas de acordo com o clube, a ofensa foi feita por outro funcionário. 

Confira a nota do Náutico:

O Clube Náutico Capibaribe vem a público se posicionar, mais uma vez, sobre a acusação de injúria racial contra um integrante da delegação do clube, episódio que teria ocorrido no jogo do último sábado (28), entre Náutico e Retrô, pelo Campeonato Pernambucano Sub-20. 

Após apuração interna, com escuta dos funcionários presentes, constatou-se que o roupeiro Marcelo Eugênio não proferiu qualquer agressão ao assistente da partida. Um outro membro do grupo protestou durante a partida, com insultos, mas este profissional nega, veementemente, ter cometido acusações racistas.

Diante destas circunstâncias, com o caso ainda em andamento, a direção executiva do Clube Náutico Capibaribe decidiu afastar este profissional de suas funções, até a conclusão do inquérito policial. Entendemos que apenas após a devida apuração e decisão, por parte das autoridades competentes, será possível adotar uma atitude definitiva. Queremos garantir o direito à defesa, sempre reafirmando a postura do clube, que não admite a prática da discriminação, de nenhum tipo. O Náutico lutará, sempre, pelo respeito à Lei e às pessoas.

Súmula de Retrô x Náutico, pelo Sub-20. Foto: Reprodução/FPF