Justiça dá cinco dias para que Sérgio Camargo se manifeste sobre ação do MPT
A Justiça determinou que Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, se manifeste em até cinco dias sobre ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) que pede o afastamento de Camargo do cargo por denúncias de assédio moral, perseguição ideológica e discriminação contra funcionários da instituição.
A decisão é do juiz do trabalho Gustavo Carvalho Chehab, da 21ª Vara do Trabalho de Brasília. Ele também cobra explicações do MPT e da própria Fundação Palmares. "Decorrido o prazo de 5 (cinco) dias concedido as partes, retornem-me os autos à conclusão para exame da tutela antecipada e eventuais questões trazidas pelas partes", diz o juiz.
Depoimentos colhidos pelo Ministério Público do Trabalho, apontam que o presidente da Fundação Palmares tem promovido uma caça aos funcionários de esquerda da instituição, com objetivo de demiti-los ou impedir que seus contratos de trabalho sejam renovados.
O MPT ouviu 16 profissionais que fizeram ou ainda fazem parte do quadro de colaboradores da fundação. As denúncias, que vêm sendo apuradas desde o início de março, levaram à promotoria pedir que a Justiça do Trabalho afaste Camargo da presidência da Palmares imediatamente, além de condená-lo a pagar uma indenização de R$ 200 mil por dano moral coletivo.
A Associação de Servidores do Ministério da Cultura divulgou nota afirmando repudiar "os atos de abusos e assédios" praticados por Camargo.