Manifesto de lideranças de direita reage a STF e pede respeito à liberdade de expressão
Entidades criticaram medidas contra sites e veículos conservadores, alegando censura
Entidades e personalidades de direita divulgaram nesta quinta-feira (2) um "manifesto pela liberdade de expressão", em reação a medidas que vêm sendo tomadas pela Justiça contra sites e veículos conservadores.
Os signatários veem "relativização do direito à liberdade de expressão e à liberdade de imprensa". Citam "investigações, quebras de sigilos e até bloqueios de meios de financiamento de veículos e formadores de opinião, sem que existam, na maior parte dos casos, indícios concretos de ilegalidade".
O documento diz ainda que "as medidas causam danos de reputação a cidadãos e veículos de comunicação e contaminam o livre debate de ideias".
O texto une diversas alas da direita, desde ex-integrantes da equipe econômica do governo Jair Bolsonaro, como Salim Mattar e Paulo Uebel, até opositores abertos do presidente, caso do movimento Livres.
Entre as pessoas físicas, subscrevem também, entre outros, os sócios da produtora Brasil Paralelo, o líder do Vem Pra Rua, Rogerio Chequer, o youtuber Raphael Lima e os presidentes do Instituto Brasil 200, Gabriel Kanner, e Mises Brasil, Hélio Beltrão.
A carta cita, no texto o passado do regime militar para defender a liberdade de expressão. "Foi com base nos traumas acumulados pela censura imposta durante regimes autoritários que a Constituição de 1988 tornou cláusula pétrea a mais ampla liberdade de expressão, de imprensa e de manifestação artística no Brasil".
Diversos sites e perfis de direita são alvos de inquéritos conduzidos pelo STF contra fake news e atos antidemocráticos. Veículos conservadores também tiveram pedido de quebra de sigilos feito pela CPI da Covid, caso da produtora Brasil Paralelo.