Vacinação

Suspensão de lotes da CoronaVac é medida preventiva e população deve continuar se vacinando

Rafael Furtado/ Folha de Pernambuco

No último sábado (04), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu, de forma cautelar, a distribuição e o uso de cerca de 25 lotes da Vacina CoronaVac no Brasil. A medida foi adotada devido à não inspeção pelo órgão federal na fábrica em que as doses foram produzidas.

A decisão não deve causar alarmismo na população, de acordo com o Instituto Butantan, que distribui a vacina no País. Segundo o instituto, os imunizantes são seguros e a providência foi uma precaução do órgão federal.

Cenário em Pernambuco

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), por meio do Programa Estadual de Imunizações (PNI-PE), destacou que aguarda novas orientações do Ministério da Saúde (MS). O Estado recebeu dois lotes entre os que foram listados pela Anvisa, totalizando 264.840 doses. No entanto, de acordo com levantamento realizado pelos municípios na tarde desta segunda-feira (06), Pernambuco registrou apenas 1.380 doses administradas. 

O órgão federal aguarda conclusão da investigação realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os usuários que receberam a vacina deverão ser acompanhados durante 30 dias para avaliação de possíveis eventos adversos.

A suspensão dos lotes não afeta o o PNI-PE e a vacinação continua em todo o Estado. A população deve continuar se vacinando com os imunizantes que são disponibilizados em cada município, incluindo, os outros lotes da vacina CoronaVac, para completar o ciclo vacinal contra a Covid-19. 

Importância da vacinação

A advogada Liliane de Medeiros tomou a segunda dose da vacina CoronaVac nesta segunda-feira (6), no Recife, e afirma que o imunizante é uma esperança e este é o momento de recorrer à ciência.  

“A gente tem que olhar o que a gente já conhece sobre a Covid e ver a vacina como uma esperança, porque as sequelas e os sintomas da doença a gente já conhece e sabemos que são graves. A vacina não vai fazer uma coisa pior do que a Covid faria, ela vai garantir uma imunização para a gente, então agora não é hora de ficar com medo de boato, é hora de recorrer a ciência mesmo. Se eu precisar da terceira dose, venho de novo para tomar, quantas vezes for necessário”, destacou a advogada.

A advogada Liliane de Medeiros tomou a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Foto: Rafael Furtado/ Folha de Pernambuco

Butantan esclarece

O Instituto Butantan afirma que toda a documentação de qualidade sobre os lotes suspensos já foi encaminhada para a Anvisa.

“O pedido de liberação ao órgão regulatório aconteceu por uma mudança em uma das etapas do processo de formulação da vacina, nas instalações fabris da Sinovac, que pode ocorrer no processo de produção. Entretanto, vale reiterar que a fábrica chinesa tem certificação de que segue boas práticas internacionais, a GMP, e também foi feita a inclusão na Anvisa. O Butantan informa que enviou toda a documentação de qualidade vinda da China, da Sinovac, sobre os lotes citados. O mesmo produto também passou pela rigorosa equipe de qualidade do instituto”, explicou o instituto em nota.