Temporada extraoficial do calor pede mais atenção à pele; veja como se proteger
A exposição exagerada ao Sol pode causar câncer, doença mais frenquente na pele, segundo a especialista
Embora a abertura do verão seja, oficialmente, no dia 21 de dezembro, é no dia 7 de setembro, no feriado do Dia da Independência, que as pessoas comemoram a abertura da temporada do calor e vão em busca das praias. O momento é propício para as atividades ao ar livre, mas a médica dermatologista do SESI Saúde Clara Florêncio alerta para os riscos que a incidência do sol pode causar na nossa pele e, consequentemente, a importância de redobrar os cuidados nessa época do ano.
“A pele é o maior órgão do corpo humano e precisa de cuidados, sobretudo, nesta época do ano. Embora o sol tenha muitos benefícios, temos que saber aproveitá-lo da maneira correta. Por isso, é importante que a exposição ao sol seja antes das 10h e após as 16h, pois, nesse intervalo, a radiação ultravioleta é bastante alta”, alerta Clara, destacando que, mesmo nesses horários, é necessário o uso de filtro solar.
“O protetor precisa ser utilizado independentemente de exposição ao sol ou horário. Além disso, o filtro solar não é uma blindagem e precisa ser reaplicado a cada hora, dependendo do fator de proteção. Os de 70 ou 90, por exemplo, podem até ser reaplicados de forma mais espaçada, mas os de 30 a 50 devem ser de hora em hora”, explica, complementando que o produto não deve ser colocado em excesso. “Um rosto branco de filtro solar não significa que esteja mais protegido”.
Além desses cuidados, Clara reforça que outros recursos também podem e devem ser utilizados para se proteger do sol. “As pessoas podem abusar das roupas com proteção UV ou chapéus. Também não podemos esquecer da hidratação oral, então é imprescindível a ingestão de muita água e sucos”. A dermatologista destaca, inclusive, que a alimentação é um grande aliado da nossa pele. “O betacaroteno, encontrado na cenoura, no mamão e na rúcula, ou peixes tipo sardinha são alimentos que ajudam no aumento da imunidade e na proteção da pele”, pontua.
A médica lembra ainda que o câncer é a doença mais frequente na pele. “Hoje em dia, a gente vê pacientes com câncer de pele aos 30 ou 40 anos. Antes, essa doença acometia pessoas mais maduras, então, é preciso ter bastante cuidado”, alerta. Clara também lembra que outras doenças podem surgir com a chegada do verão. “Por conta da umidade que se acumula em algumas áreas do nosso corpo, algumas dermatites e micoses em geral podem aparecer. Isso porque o fungo gosta de locais quentes e, no verão, a transpiração é maior, aumentando a umidade da nossa pele”, esclarece a dermatologista.