Caminhoneiros

Empresas monitoram protestos de caminhoneiros e já relatam impacto no fornecimento

Fernando Pimentel, presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil) diz que transportadores saindo de São Paulo que atendem uma empresa do setor começaram a se recusar a levar a carga para Santa Catarina nesta quarta-feira (8)

Caminhoneiros - Valter Campanato/Agência Brasil

Empresas de diversos setores começam a monitorar o cenário dos protestos de caminhoneiros que se espalham pelo país nesta quarta (8). Os dados mais recentes do Ministério da Infraestrutura divulgados às 17h30 com base nas informações da Polícia Rodoviária Federal apontam pontos de concentração em rodovias federais com abordagem a veículos de carga em oito estados. Segundo o órgão, não há bloqueio total de pista em nenhum ponto.
 


Às 14h30, o boletim do ministério falava em quatro estados com maior concentração em Santa Catarina. Na indústria farmacêutica, a distribuição e o transporte indicam alguns pontos de bloqueio em estados como Bahia, Maranhão, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso e Paraná, segundo o Sindusfarma (associação que reúne fabricantes), mas, por ora, não há previsão de falta de medicamentos.

Fernando Pimentel, presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil) diz que transportadores saindo de São Paulo que atendem uma empresa do setor começaram a se recusar a levar a carga para Santa Catarina nesta quarta-feira (8). Por enquanto, a mercadoria vai ficar em um depósito.

"Estamos monitorando, sem dúvida é um momento muito preocupante", diz Pimentel. A Abras (do setor supermercadista) diz que está monitorando permanentemente os movimentos com a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e a assessoria da Presidência da República. Em nota, a Abras afirma que há tendência de diluição dos focos até o final de semana.

A associação de bares restaurantes Abrasel, outro setor sensível por causa dos perecíveis, diz que também está monitorando.
"Estamos acompanhando essa situação no Brasil inteiro. São paralisações muito pontuais, algumas mais fortes no Mato Grosso, mas nada ainda que preocupe, como algo generalizado como foi da vez passada", diz Paulo Solmucci, presidente da entidade.

Segundo ele, algumas redes do sul do país tiveram problemas pontuais de atraso no fornecimento por causa dos bloqueios nesta terça (7), mas nada que tenha comprometido o abastecimento.