Morre, de Covid-19, Tarcísio Padilha, ex-presidente da ABL
Padilha era figura ativa no ambiente acadêmico, com participação na criação de cursos universitários e circulação em cátedras internacionais
O professor Tarcísio Padilha, que presidiu a Academia Brasileira de Letras de 2000 a 2001, morreu nesta quinta-feira aos 93 anos, de Covid-19.
Padilha era uma figura ativa no ambiente acadêmico, tendo participado da criação de cursos universitários e circulado em cátedras internacionais.
Bacharel em filosofia, direito e ciências sociais, se tornou doutor em filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instituição da qual se tornou professor titular. Também foi do corpo docente da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, a PUC-Rio, e da Escola Superior de Guerra.
Além da ABL, o professor católico também presidiu o Centro Dom Vital e a seção carioca do Instituto Brasileiro de Filosofia. Foi condecorado com o Prêmio Nacional de Filosofia, a Ordem do Mérito do Livro pela Fundação Biblioteca Nacional e o título de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras de Paris.
"A Academia Brasileira de Letras perde hoje uma de suas figuras mais queridas e admirada", disse em nota o atual presidente da instituição, Marco Lucchesi.
A morte de Padilha deixa a quinta cadeira vaga na instituição. Desde março do ano passado, a Academia perdeu também o diplomata Affonso Arinos de Mello Franco, o jornalista Murilo Melo Filho, o professor e crítico literário Alfredo Bosi e o advogado Marco Maciel, que foi vice-presidente do governo Fernando Henrique Cardoso.
Nenhuma das cadeiras ainda foi substituída, mas as vagas foram declaradas abertas em sessões da saudade virtuais no último mês de agosto, e personalidades como a atriz Fernanda Montenegro, o compositor Gilberto Gil e o escritor Edney Silvestre já firmaram suas candidaturas.