Política Cultural

Recife ganha Lei do Patrimônio Vivo para salvaguardar mestres da cultura

João Campos assina Lei do Patrimônio - Foto: Rodolfo Loepert/PCR

Recife ganhou uma Lei do Patrimônio Vivo. Com o objetivo de salvaguardar os saberes culturais defendidos por mestres, mestras e grupos culturais tradicionais e populares da capital pernambucana, o prefeito João Campos assinou nesta quinta-feira (9) a lei que garante Registro do Patrimônio Vivo do Município do Recife (RPV-Recife). Serão eleitos quatro patrimônios, anualmente, sendo dois destinados a grupos e outras duas vagas a mestres e mestras.

Com a lei, há a possibilidade de dar continuidade histórica de saberes artísticos e de espaços culturais da Cidade. “É muito mais do que uma lei, muito mais do que um auxílio vitalício, é um reconhecimento. Toda a sociedade precisa saber. A gente tem dever e obrigação de celebrar a cultura e ter esse reconhecimento plantado e institucionalizado. Gerações precisam compreender o caminho que nos trouxe até aqui”, defendeu João Campos.

O texto estabelece que será assegurada a quantia mensal de R$ 1.650,00 ou R$ 2.200,00 às pessoas ou grupos declarados patrimônios, em caráter vitalício. Serão eleitos quatro patrimônios anualmente. Os direitos atribuídos aos inscritos no RPV-Recife terão natureza personalíssima e serão inalienáveis e impenhoráveis, não sendo admitidas as possibilidades de cessão ou transmissão.

Eles serão escolhidos a partir de critérios de expressões populares em diversas áreas, como  na música, na poesia, no teatro, na dança, nas festas que representam os diversos ciclos, nas procissões, nas romarias, nos cultos e nos rituais dos povos indígenas e da cultura afro-brasileira, nos idiomas e dialetos, na culinária, na medicina popular, dentre muitas expressões decorrentes da diversidade cultural do Município do Recife.


“A gente está trabalhando pela memória cultural da cidade e a memória artística do nosso povo. Esse é um legado cultural que fica para a nossa cidade. Ainda neste ano, nós teremos os primeiros quatro patrimônios vivos do Recife”, comemorou o secretário de Cultura Ricardo Mello.