Marconny diz que faz assessoria técnica e política a parlamentares e que foi procurado pela Precisa
Marconny Albernaz Faria confirmou prestar serviços de assessoria técnica e política a parlamentares, mas não citou nomes, alegando cláusulas de confidencialidade. O depoente afirmou que não é mais inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) por motivos pessoais e políticos. Ele também disse não ser sócio de nenhum escritório de advocacia.
O depoente informou que foi sondado pela Precisa Medicamentos no início da pandemia, no ano passado, para assessorar política e tecnicamente numa concorrência pública para aquisição de testes rápidos. A concorrência já estava em andamento e ele não participou do edital. Segundo ele, houve mudança na diretriz do Ministério da Saúde e o procedimento foi cancelado. Marconny afirmou que "tudo não passou de uma conversa de Whatszapp que não passou de 30 dias".
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Embora Marconny Faria tenha negado atuação como lobista, senadores insistem em saber sobre a atividade profissional do depoente. Renan Calheiros (MDB-AL) questionou de que forma a política chegou a influenciar no possível "destravamento" da licitação para aquisição de testes rápidos de covid-19, no âmbito do Ministério da Saúde, por meio da Precisa Medicamentos.
Segundo o depoente, ele pesquisava e estudava a viabilidade política do trabalho a ser desempenhado no contrato. Sobre o processo de licitação dos testes, ele decidiu não responder, mas disse que conhece Danilo Trento como um dos donos da Precisa Medicamentos e relatou que já esteve com Francisco Maximiano, sócio da farmacêutica, em duas ocasiões.
Atestado médico
O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), questionou o motivo de Marconny Albernaz Faria ter apresentado atestado médico na véspera de seu depoimento à CPI, inicialmente marcado para o dia 2 de setembro. Em resposta, o depoente afirmou ter tido um colapso nervoso e físico.
"Tive que me preparar muito fisicamente e psicologicamente para estar aqui, sobretudo por não ter feito nada de errado".