Ministro da Saúde destaca eventos adversos em adolescentes vacinados contra a Covid-19
Ministro da Saúde explica a súbita mudança na vacinação de crianças e adolescentes de 12 a 17 anos
Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, existem uma série de motivos que pesaram na hora de revisar a recomendação e suspender a vacinação de adolescentes sem comorbidades, entre eles a identificação de 1,5 mil eventos adversos em adolescentes já imunizados e a ocorrência da morte de um jovem em São Paulo, que ainda segue em suspeita sobre ter sido em decorrência do imunizante ou não.
Ele acrescentou também que a suspensão foi pensada ao observar às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da NHS (o equivalente ao SUS no Reino Unido), sobre a vacinação em adolescente de 12 a 17 anos, mesmo que a OMS não tenha afirmado que a vacinação deveria ser suspensa, mas sim que não era o momento de prioriza-la, como afirma a secretária extraordinária de enfrentamento à covid-19, Rosana Leite.
A agência só permitiu o uso da Pfizer/BioNTech para adolescentes de 12 a 17 anos. Nos registros do Ministério da Saúde, entretanto, dados enviados pelos estados mostram este público sendo imunizado com outras vacinas. Ao descartar a possibilidade da suspensão ser por falta de vacina Rosana Leite afirma que “Não falta vacina. Será que elas foram utilizadas de forma inadvertida? Provavelmente”, sugeriu a secretária.
Sem segunda dose
Diante da suspensão, os adolescentes sem comorbidades que receberam a primeira dose não devem ter a aplicação da segunda dose. A orientação de interromper a imunização vale também para aqueles com comorbidades que tomaram a primeira dose da AstraZeneca ou Coronavac.
Apenas os adolescentes com comorbidades imunizados com a Pfizer/BioNTech na primeira dose podem seguir com o processo de imunização e completar o ciclo vacinal, procurando os postos para receber a segunda dose.