Insatisfeito

Florentín lamenta erros e queda anímica do Sport em derrota para o Atlético-MG

Treinador do Leão fez análise da partida do Leão e deixou pistas sobre impressões de parte do elenco

Gustavo Florentín, treinador do Sport, em chegada ao Mineirão - Anderson Stevens/Sport Club do Recife

Após a dura derrota por 3 a 0, diante do líder Atlético-MG, o treinador do Sport, Gustavo Florentín, analisou a partida do Leão, em coletiva realizada na noite deste domingo (18). O treinador paraguaio destacou erros que resultaram em gols do Galo e revelou que alguns atletas precisam ajudar na parte defensiva, ao explicar a opção pelos três volantes. 

Florentín viu um bom início do Leão e que houve bom controle de bola nos primeiros 15 minutos, além de oportunidades de gol geradas. No entanto, destacou uma queda anímica na equipe, após tomar o primeiro gol, que segundo o treinador, foi fruto de erro. Sobre o segundo gol, o paraguaio viu falta em Thyere e aproveitou para criticar a arbitragem. 

"Começamos bem a partida. Nos primeiros 15 minutos, considero que jogamos em direção ao gol do adversário e tivemos oportunidades de gol. Controlamos bem a bola, tivemos boa circulação e geramos situações que não conseguimos aproveitar, parando no goleiro do Atlético. Creio que depois do gol, a equipe caiu animicamente. O primeiro gol foi produto de um erro nosso, permitindo que Arana pudesse ganhar profundidade e fazer o cruzamento, que Costa chegou ao gol. No segundo gol, acredito que foi uma falta em Thyere que o árbitro não marcou e isso nos prejudicou", afirmou. 

Questionado sobre a equipe apresentar uma "vulnerabilidade defensiva", Florentín discordou e foi enfático, ao levantar nomes que esperava o cumprimento das funções durante a partida. Ainda em tom de insatisfação, o treinador destacou que a aplicação em campo também depende da tomada de decisão de cada jogador e da execução deles, mas que o trabalho da comissão técnica está sendo feito, apresentando informações ao elenco. 

"Não é só Marcão que tem que trabalhar na parte defensiva. Tem que trabalhar (Everton) Felipe, Hernanes também. São três volantes que botamos para que, quando não estivermos com a bola, eles tem que se preocupar em proteger a linha defensiva. Mas aconteceu o contrário, tivemos que por mais gente, para poder defender com superioridade numérica. Bom, depois passa pela tomada de decisão do jogador. Nós passamos todas as informações e eles executam bem ou mal, dependendo de cada um", analisou. 

O treinador do Leão vê apenas uma saída para a equipe superar o mau momento que vive atualmente. Para Florentín, a insistência e o trabalho incondicional serão importantes para reencontrar o caminho das vitórias.

"Hoje, pelo menos, tivemos alguma expectativa de que se pudessem validar os gols que foram anulados, mas lastimosamente estiveram em impedimento. Bom, é preciso insistir, trabalhar, essa é a maior fortaleza que temos que ter neste momento. É o trabalho incondicional, por parte do grupo e assim encontrar o caminho que nos permita chegar às vitórias", disse.

Questionado sobre o posicionamento de Everton Felipe e a opção por Thiago Neves no segundo tempo, Florentín destacou que os erros de passe do camisa 97 e o cansaço pela movimentação intensa em campo, foram determinantes para acionar o experiente meia.

"Nós colocamos Felipe como meia pelo lado direito, ou as vezes, dependendo do esquema, como meia-ala. Mas nessa partida, tanto ele como Hernanes e Marcão, foram encarregados de criar o futebol que queremos. Mas no segundo tempo, sim, Felipe teve muitos erros de passe e também se sentiu cansado, porque é um lugar que requer muito ofensivamente e defensivamente. Assim, recorremos a Thiago (Neves) para gerar mais futebol, ter mais a bola", detalhou.