POLÍTICA

DEM e PSL avançam em fusão; veja o que os partidos buscam com união

Candidatura para a Presidência da República é apenas uma das arestas que o comando da futura legenda, que teria Bivar como presidente e Neto como vice, teria de aparar

Deputada Carla Zambelli - Michel Jesus/ Câmara dos Deputados

Depois de meses de negociações, PSL e DEM estão prestes a dar os últimos passos rumo à fusão que dará origem ao maior partido do país. A Executiva dos Democratas vai se reunir nesta terça-feira (21) em Brasília para deliberar sobre a proposta de união entre as legendas e, caso a avalize, o compromisso deverá ser formalizado em outubro. A relação está gerando incômodos no Palácio do Planalto.

A cúpula do PSL, comandado pelo deputado federal Luciano Bivar (PE), também será convocada esta semana para se debruçar sobre o tema. Mas, como o movimento em busca da junção de forças partiu da sigla, seus dirigentes não devem criar entraves — o que motiva as duas legendas é um jogo de ganha-ganha para ambos os lados.

O PSL caminha rachado desde que o presidente Jair Bolsonaro rompeu com Bivar e se desfiliou do partido. De lá para cá, fieis integrantes da base aliada e inimigos do Palácio do Planalto convivem às turras dentro do mesmo espaço.

Assim que o chefe do Executivo anunciar para qual legenda irá, seus apoiadores, como as deputadas Carla Zambelli (SP) e Bia Kicis (DF), por exemplo, vão acompanhá-lo. A migração em massa levará nomes e votos. Quem sair, porém, deixará para trás um portentoso caixa — somados, os fundos eleitorais das duas legendas chegam a R$ 320 milhões. E isso atrai o DEM, que recebeu R$ 120 milhões em 2020.

Na matéria completa, exclusiva para assinantes, entenda os termos da fusão entre PSL e DEM e as arestas que ainda precisam ser aparadas. Nos estados, por exemplo, os cenários domésticos por vezes inviabilizam a presença de integrantes de DEM e PSL no mesmo palanque.