Coronavírus

Argentina retira obrigação de máscara ao ar livre em outubro

Uso da máscara continuará sendo obrigatório em espaços fechados ou ao ar livre, quando houver aglomeração de pessoas

Presidente da Argentina, Alberto Fernández - Juan Mabromata/AFP

O uso de máscaras ao ar livre deixará de ser obrigatório na Argentina, a partir de 1º de outubro - anunciou o governo, nesta terça-feira (21), no âmbito de uma grande flexibilização das restrições sanitárias impostas pela pandemia da covid-19. Entre as medidas anunciadas, está a reabertura gradual das fronteiras.

"Retiraamos a obrigatoriedade do uso obrigatório de máscara ao ar livre, circulando e sem aglomeração de pessoas", afirmou a ministra da Saúde, Carla Vizzotti, em entrevista coletiva com o novo chefe de gabinete, Juan Manzur. 

Vizzotti especificou que o uso da máscara continuará sendo obrigatório em espaços fechados, como transporte público, cinema, teatro, ambiente de trabalho e eventos multitudinários, ou ao ar livre, quando houver aglomeração de pessoas. 

Em uma economia muito castigada pela pandemia, que aprofundou a recessão que se arrasta desde 2018, o governo de Alberto Fernández anunciou a ampliação, para 100%, da capacidade de todas as atividades econômicas, industriais, comerciais, de serviços, religiosas, culturais, de lazer e esportivas em locais fechados, mantendo-se as medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscara facial e ventilação do ambiente. 

A ministro atribuiu a flexibilização das restrições à queda no número de casos diários - de mais de 26.000, em maio passado, para cerca de 1.600, em setembro - e ao avanço da campanha de vacinação. 

Nesse quadro, também haverá "uma abertura gradual e cuidadosa das fronteiras", acrescentou. 

A partir desta terça-feira (21), argentinos, residentes e estrangeiros que chegarem ao país por razões de trabalho não serão obrigados a cumprir uma quarentena de cinco dias. A condição é que o viajante tenha aplicado o esquema completo de imunização contra a Covid-19, pelo menos 14 dias antes de seu desembarque no território.

Em outubro, será autorizado o ingresso sem quarentena para cidadãos de países vizinhos e haverá uma abertura progressiva das fronteiras terrestres. A partir de 1º de novembro, a medida será estendida a todos os estrangeiros, com duas doses de vacinas, de acordo com o programa. 

Quem não estiver 100% vacinado, poderá entrar, mas terá de ficar em quarentena. 

Hoje, 63,4% dos 45 milhões de argentinos receberam pelo menos uma dose da vacina, e 43,7%, o esquema completo de imunização.

Até outubro, o governo pretende chegar a pelo menos 50% da população vacinada com duas doses, declarou a ministra da Saúde.

Desde o início da pandemia, a Argentina acumula cerca de 5,2 milhões de casos e mais de 114.000 mortes.