Para Rosário, era 'razoável' consultar site da empresa para embasar preço
Para o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), é “absolutamente ridículo” que a CGU tenha permitido que “essa negociação espúria seguisse”
Wagner Rosário considerou “completamente razoável” que a auditoria da CGU tenha adotado como parâmetro para embasar o preço da dose da Covaxin informações do site da fabricante indiana, Bharat Biotech.
Para o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), é “absolutamente ridículo” que a CGU tenha permitido que “essa negociação espúria seguisse”, tendo como parâmetro o preço de US$ 17 dólares por dose em consulta ao site da Precisa Medicamentos. Segundo o senador, o valor era 70% superior ao de outros imunizantes que já tinham sido contratados pelo governo federal com outras fabricantes.
Simone Tebet (MDB-MS) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ainda alertaram que técnicos da própria CGU, na auditoria sobre o processo, manifestam as mesmas dúvidas que a CPI em relação às informações que viessem a justificar a contratação do imunizante com o preço estabelecido pela Precisa. Dados colhidos pela CPI teriam indicado negociações anteriores, em 2020, com a dose a U$ 10.
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O ministro reafirmou que a CGU se embasou na Lei 14.124, de 2021, para tomar as informações do site como parâmetro para justificar o preço da dose. Ele ainda reclamou que o relator tenha colocado palavras na boca dele ao apresentar dados diferentes sobre o assunto.
"Mais uma vez o senhor [relator] coloca na minha boca palavras que eu não disse. A pesquisa foi realizada junto a Bharat Biotech e não à Precisa. Não fizemos pesquisa junto a Precisa, fizemos pesquisa com a Bharat Biotech. Empresa que vende e que informou que a nível mundial vende as vacinas entre U$ 15 e U$ 19 dólares e não são U$ 17 dólares como o senhor repete aqui".