Quarentena de Queiroga deve custar ao menos R$ 30 mil só em diárias em Nova York
Os outros integrantes da Comitiva já retornaram ao Brasil
A quarentena do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em Nova York, deverá custar ao menos R$ 30 mil apenas em hospedagem. O quarto mais barato no hotel onde ele está hospedado, o Intercontinental Barclay, durante 14 dias, custa ao menos US$ 5.735, de acordo com cotação feita junto ao hotel.
Além das diárias, cujo valor médio é US$ 269 (R$ 1.418) para o quarto comum, o preço inclui taxa de amenidades (US$ 35/dia), café da manhã (US$ 50/dia) e impostos.
O custo pode variar a depender de algumas variáveis: há desconto para clientes com planos de fidelidade e acréscimo caso serviços, como estacionamento, sejam incluídos.
Em um quarto de luxo, o valor total subiria para US$ 6.539 (R$ 34.360). A reportagem não conseguiu confirmar qual categoria de hospedagem foi contratada por Queiroga. O custo foi estimado para uma reserva feita nesta quarta (22), com duração até 6 de outubro, prazo de 14 dias, similar ao que Queiroga deverá permanecer isolado, após o ministro receber diagnóstico de Covid-19, nesta terça (21).
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) viajou para Nova York com vários ministros, que acompanharam o discurso do líder brasileiro na Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). A comitiva, sem Queiroga, deixou a cidade na noite de terça e retornou a Brasília.
O ministro esteve em vários eventos ao lado do presidente, como o jantar na segunda (20) que terminou em confusão. Na ocasião, mostrou o dedo do meio a ativistas que protestavam contra o governo.
O hotel fica a três quadras de uma das entradas da ONU e costuma ser usado por chefes de Estado. Bolsonaro se hospedou no mesmo local em 2019, quando discursou pela primeira vez no evento. Além do brasileiro, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, escolheu o hotel no período em Nova York.
Entre segunda e terça-feira, o Barclay foi completamente isolado pelo serviço secreto dos EUA, e apenas hóspedes, convidados e funcionários podiam passar pela rua da entrada principal, onde foram colocados detectores de metal. Policiais e agentes vigiavam todo o quarteirão, ostensivamente.
Frequentadores do hotel disseram ter ouvido que o presidente dos EUA, Joe Biden, teria se hospedado lá. Funcionários dizem não poder revelar o nome de quem gerou a instalação do aparato de segurança.