Batista Júnior acusa ex-médicos da Prevent Senior de manipulação
De acordo com o depoente, mensagens e planilhas de acompanhamento de pacientes foram manipuladas pelos ex-médicos da empresa
Batista Júnior, diretor-executivo da Prevent Senior, em depoimento à CPI da Pandemia, no Senado, criticou dossiê enviado à Comissão Parlamentar de Inquérito feito, segundo ele, com base em notícias veiculadas na imprensa e demanda parlamentar.
De acordo com o depoente, mensagens e planilhas de acompanhamento de pacientes foram manipuladas pelos ex-médicos da Prevent Senior George Joppert Netto e André Fernandes Joppert, desligados da empresa em julho de 2020.
Batista disse ainda que uma análise de provas pela Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) comprovou a inexistência de infração por parte da Prevent.
"Estudo observacional"
O depoente Batista Júnior, diretor da Prevent Senior, negou que tenha havido "testagem em massa". Admitiu apenas a realização de um "estudo observacional". Segundo ele, nenhum médico foi "incitado" a receitar hidroxicloroquina; cada um teve autonomia junto ao paciente.
"Quando foram feitos estudos, sim, todos os pacientes receberam o 'termo de livre esclarecido', garantiu.
A Prevent Senior não precisou de autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para promover o estudo observacional com a cloroquina, segundo Batista Júnior. Isso porque não foram feitos testes com pacientes, mas apenas “observaram o ato médico”, disse o depoente.
Questionado pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre o descrédito do estudo pela comunidade internacional, Batista Júnior respondeu que o estudo não foi publicado por ter sido apenas "a observação" de 630 pacientes. Entre os pacientes acima de 80 anos, a taxa de óbito foi de 29%, segundo o depoente.