PIB

Economia mantém previsão de crescimento do PIB de 2022 em 2,5%

Segundo a pasta, as projeções fundamentam-se na recuperação da crise causada pela pandemia, no crescimento do PIB aumento do investimento privado entre outros aspectos

Ministério da Economia - Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia manteve a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços do país)  em 5,3% para 2021 e em 2,5% para 2022. As projeções constam em Nota Informativa divulgada nesta quarta-feira (22). 

Segundo a pasta, as projeções fundamentam-se na recuperação da crise causada pela pandemia, no bom carregamento estatístico que o crescimento do PIB deste ano devem levar para o ano que vem, no aumento do investimento privado, na consolidação fiscal, taxa de poupança mais elevada, reformas econômicas, retomada do setor de serviços e do mercado de trabalho informal.   

"Em relação ao carrego e crescimento na margem, deve-se observar que, caso o cenário da SPE de crescimento do PIB se confirme, o aumento de 5,3% deste ano proporcionará um carrego aproximado de 1,2% para 2022 [levando em conta a diferença com a queda de 4,1% do PIB em 2020]. Considerando um crescimento trimestral médio de 0,5%, o PIB aumentará em 2,4%", diz a nota. 

As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central, por meio do Boletim Focus, projetam um crescimento menor do que o esperado pelo governo, tanto no PIB deste ano quanto no de 2022. Para o mercado, a economia brasileira este em 2021 crescerá 5,04%. Para 2022, a expectativa para PIB é de crescimento de 1,63%.

Sobre a diferença nas projeções, a SPE argumenta que para as estimativas do crescimento do PIB abaixo de 1% em 2022, considerando o cenário desenhado pela pasta, a variação média na margem dos trimestres do próximo ano deve ser de -0,1%, ou seja, espera-se uma queda significativa do PIB em algum trimestre ou uma nova recessão no próximo ano, "fatos difíceis de justificar com base no cenário fiscal atual e na ausência de uma crise hídrica ou de uma piora na pandemia”, diz a nota.

Ainda segundo a Nota Informativa, "os riscos existem, mas na ausência de piora desses fatores e dando continuidade no processo de consolidação fiscal e reformas pró-mercado, com os indicadores atuais e o conjunto de informações disponíveis é possível concluir por um crescimento do PIB acima de 2% em 2022".