Recife

Mesmo com tempo nublado e ondas mais fortes, domingo é de praias lotadas no Recife

Entre os locais mais movimentados, estão as imediações do Posto 6 de Boa Viagem e o Buraco da Velha. Ventos podem chegar a 60 km/h no litoral nordestino.

Praia de Boa Viagem lotada neste domingo (26) - Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Mesmo com o tempo nublado e o alerta de ventos e ondas fortes, os recifenses não se furtaram de curtir a praia neste domingo (26). Ao longo de toda a orla da Zona Sul, os banhistas se aglomeram - apesar da pandemia - na faixa de areia e no mar.

Entre os locais mais movimentados, estão as imediações do Posto 6 do Corpo de Bombeiros, em Boa Viagem, e o Buraco da Velha, em Brasília Teimosa, onde muita gente aproveitou para entrar na água.

Na última sexta-feira (24), a Marinha emitiu um alerta, informando que o litoral de Alagoas ao Maranhão, incluindo Pernambuco, teria uma ressaca, com ondas de até 3,5 m e ventos de até 60 km/h, neste fim de semana.

Quem costuma passar o dia de folga tomando banho de mar percebeu a maresia mais forte. Luan Ribeiro, 30 anos, frequenta a praia de Boa Viagem e sentiu a correnteza puxar ao fazer um mergulho na frente do Posto 6. Logo ao lado, havia uma bandeira alertando as pessoas para o risco de afogamento. “Eu entrei agora e senti ela puxando um pouco mais para dentro. Aí eu vim que tinha a bandeira e saí logo”, disse.

Aglomerações

Outro ponto com grande aglomeração foi o Buraco da Velha, em Brasília Teimosa. Pessoas de todas as idades ocupavam a piscina natural guardada pelas pedras dos recifes, onde as ondas do mar se arrebentavam com força. Morador do bairro, o pintor de automóveis Paulo Pereira, que veio com a família, notou que o vento estava mais agressivo. "Hoje está mais que o normal", comentou.

Mostrando a máscara nas mãos, ele disse que só sai da praia com a proteção no rosto. "Fico com ela o tempo todo", disse.

Jaboatão
Já em Piedade, no trecho da Igrejinha, onde o banho de mar foi interditado após dois ataques de tubarão em julho, o movimento estava mais tranquilo. Sem nenhum banhista na água, os frequentadores ficavam apenas debaixo dos guarda-sóis. Para compensar a falta de banho, a solução era encher as piscinas de plástico para as crianças.

"Eu costumo vir aqui, mas só fico na areia para me bronzear. Sinto falta do mar, mas não tem outro jeito", afirmou.