Noemy Gomes fala do aumento de quase 60% no transplante de órgãos em Pernambuco

O aumento ainda é baixo quando comparado com os números de 2019

Quase duas mil pessoas estão na lista de espera por um órgão, de acordo com dados da Central de Transplantes de Pernambuco. Diante de um cenário de baixa adesão da população para doação de órgãos dos entes que foram a óbito. Mas, mesmo com a pandemia, de janeiro a julho deste ano tivemos um aumento de 59,47%, na comparação com o mesmo período de 2020. Para falar sobre o assunto, Patrícia Breda conversou no Canal Saúde com a Coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco, Noemy Gomes.

O aumento no transplante com relação a 2020 mostra que Pernambuco está no caminho certo, mas é importante enfatizar que os números ainda são baixos e insuficientes quando comparados com 2019. Além dos casos de pacientes com Covid, o que impossibilita a doação, Noemy enfatiza que os médicos e familiares são os principais responsáveis pela baixa de doações: ’’A negativa familiar ainda é hoje a maior causa da não efetivação de doações de órgãos no estado e no Brasil. tem muito haver com o tipo de informação que hospital passa para os familiares. A gente ainda tem a triste realidade que muitos profissionais de saúde não conhecem o processo de doação, o diagnóstico da morte cefálica para que possa explicar corretamente. ’’

 “ Dos 2.100 transplantes em lista de espera, 1.200 são pacientes à espera por um rim. Para córnea, são 700 pacientes esperando.” Noemy explica.

Noemy ainda destacou que cada caso de transplante tem seu grau de necessidade e risco. “ No transplante de córnea e no transplante renal, é uma opção de tratamento. Já o transplante de fígado, coração e medula, não é opção de tratamento, esses pacientes não possuem outra alternativa para sobreviver.”

Você pode escutar a entrevista completa do podcast Canal Saúde no player abaixo, no spotify, deezer e soundcloud: