Combustíveis

'O Brasil não pode tolerar gasolina a quase R$ 7', diz Lira

Arthur Lira diz que deputados vão discutir alternativas para baixa preço dos combustíveis um dia após presidente da Petrobras afirmar que não vai mudar a política de preços da companhia

Arthur Lira, presidente da Câmara - Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que vai debater com outros parlamentares alternativas para reduzir o preço dos combustíveis.

A declaração ocorre um dia após o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, afirmar que a companhia não mudará sua política de preços.

A discussão entre os parlamentares será na quarta-feira (29), durante a reunião do Colégio de Líderes.

“O fato é que o Brasil não pode tolerar gasolina a quase R$ 7 e o gás a R$ 120”, escreveu o presidente em seu Twitter.



Lira disse que a Câmara faz “seu dever de casa” para auxiliar o Brasil no processo de retomada da economia, respeitando limites fiscais e tendo responsabilidade em sinalizações ao mercado. Ainda assim, ele diz que o dólar segue em um patamar alto e que, junto da valorização do barril do petróleo, joga uma pressão no preço dos combustíveis que é insustentável.

“O diretor da Petrobras Cláudio Mastella diz que estuda com ‘carinho’ um aumento de preços diante desse cenário. Tenho certeza que ele é bem pago para buscar outras soluções que não o simples repasse frequente”, escreveu Lira.

Nesta terça-feira, após 85 dias com preços estáveis, a Petrobras anunciou reajuste no preço do diesel para as distribuidoras. O diesel acumula alta de 51% este ano.

O presidente Jair Bolsonaro apontou, na segunda-feira, que os combustíveis são um dos fatores que mais pressionam a inflação e culpou a política de preços da Petrobras por isso. No começo do ano, ele trocou a presidência da estatal como forma de tentar sanar a elevação dos preços.