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'Round 6': série sul-coreana bomba na Netflix e acumula polêmicas

Produção já foi acusada de plágio e gerou transtorno após vazamento de número telefônico

Série "Round 6", da Netflix - Youngkyu Park/Netflix/Divulgação

O mais novo fenômeno internacional da Netflix atende pelo título de “Round 6”. A série sul-coreana estreou no dia 17 de setembro e, desde então, se mantém entre as produções mais assistidas pelos assinantes da plataforma em diversos países, incluindo o Brasil. Com o sucesso, vieram também as polêmicas, que vão além do teor violento das cenas da obra. 

Na trama, pessoas endividadas e desesperadas por dinheiro são convidadas a participar de um jogo misterioso. Ao final, quem conseguir passar por todas as próprias leva um prêmio milionário. Os perdedores, no entanto, não escapam com vida. Alguns espectadores notaram semelhanças com o filme japonês “As the Gods Will” (2014) e passaram a acusar a série de plágio, através do Twitter. 
 
As similaridades começam com a premissa de ambas as produções. No longa-metragem do renomado cineasta japonês Takashi Miike, um grupo de estudantes do ensino médio é forçado a participar de uma série de brincadeiras infantis com resultados mortais. 
 

Os internautas apontaram ainda que o desafio inicial de “Round 6” tem regras muito parecidas com as de “As the Gods Will”. Além disso, os fãs chamaram atenção para as coincidências entre os elementos visuais de cada uma das obras, como figurinos, cenários e até enquadramentos de câmera.

Hwang Dong-hyuk, criador e showrunner da série negou o plágio, em entrevista coletiva realizada recentemente. “É verdade que (o primeiro jogo) é similar, mas depois disso, não há semelhanças”, afirmou o diretor, de acordo com o site britânico NME. O sul-coreano afirma ter começado a trabalhar na ideia da série antes da existência de “As the Gods Will. 

Transtorno real

Outra polêmica envolvendo “Round 6” tem a ver com um número de telefone exibido em cena. Logo no primeiro episódio, o protagonista Seong Gi-hun (Lee Jung-jae) recebe um cartão com um contato de oito dígitos para o qual ele precisa ligar para entrar na competição mortal. 

Segundo o portal de notícias sul-coreano Koreaboo, o problema é que o número de telefone existe na vida real. Desde que a série estreou, a dona a linha telefônica vem recebendo inúmeras ligações de pessoas pedindo para “participar do jogo”. A reportagem afirma ainda que a Netflix teria ofericido o equivalente a R$ 4.500 como compensação à proprietária do telefone e sugerido que ela mude de número.