Taxa de transmissão da Covid-19 segue estável no Brasil, aponta Imperial College
Índice é de 1,04 e reverte tendência de queda das semanas anteriores
A taxa de transmissão (Rt) do coronavírus no Brasil subiu para 1,04, segundo levantamento do Imperial College de Londres, atualizado nesta terça-feira. O índice mantém a tendência da semana passada, quando foi de 1,03, o mais alto desde 22 de junho.
O Rt atual significa que cada 100 pessoas contaminadas transmitem a doença para outras 104 pessoas. Quando está acima de 1, a taxa de contágio indica que o vírus avança sem controle.
Dentro da margem de erro calculada pela universidade britânica, o índice brasileiro atual pode variar de 0,99 a 1,66.
A taxa de transmissão é uma das principais referências para se acompanhar a evolução epidêmica do Sars-CoV-2 no país. No entanto, especialistas costumam ponderar que é preciso acompanhá-la por um período prolongado de tempo para avaliar cenários e tendências, levando em conta o atraso nas notificações e o período de incubação do coronavírus.
Por ser uma média nacional, o Rt também não indica que a doença esteja avançando ou retrocedendo da mesma forma nas diversas cidades, estados e regiões do Brasil. Além disso, a universidade britânica afirma que a precisão das projeções varia de acordo com a qualidade da vigilância e dos relatórios de cada país.
O Imperial College também projeta que o Brasil deve registrar 4.200 mortes pela Covid-19 nesta semana, um aumento em relação à anterior, quando foram contabilizados 4.090.
Segundo o levantamento da universidade britânica, o mundo registrou, até a última segunda-feira, mais de 231 milhões de casos de Covid-19, e mais de 4,74 milhões de óbitos.
As maiores taxas de transmissão da semana estimadas pelo Imperial College foram na Papua Nova Guiné (Rt 1,71), Egito (Rt 1,67) e Romênia (Rt 1,42).
Já as menores taxas de transmissão da Covid-19 estimadas foram no Paraguai (Rt 0,37), Suécia (Rt 0,39) e Polinésia Francesa (Rt 0,44).
Nos países da América do Sul, os maiores índices foram identificados no Brasil Argentina (Rt 1,04), Peru e Venezuela (Rt 1,02) e Colômbia (Rt 0,90).