Em coletiva, diretoria do Náutico se diz satisfeita com contratações e analisa situação financeira

Em meio a chegada de novos nomes aos Aflitos, vice-presidente diminui demanda por zagueiro

O tempo é o principal inimigo do Náutico neste fim de Série B. Com apenas 11 rodadas restando no campeonato, a sequência de derrotas e os desfalques no elenco cobram cada vez mais o preço na campanha alvirrubra. Levando em consideração este cenário, o vice-presidente no clube, Diógenes Braga, em coletiva realizada nesta sexta-feira (1), comentou que apenas recentemente o mercado apresentou opções ao Timbu. Já o presidente, Edno Melo, descartou preocupação com qualquer dificuldade financeira e as necessidades de mercado do clube.

“Buscamos muito os atletas em um momento em que tivemos perdas importantes, mas o mercado não apresentava essas soluções, o que se apresentava não atendia, na visão do departamento, o que precisávamos. Os reforços chegaram agora porque, na reta final de inscrições, passam a existir possibilidades interessantes, não só tecnicamente como também financeiramente”, analisou Diógenes. 

Apesar de possuir a maior invencibilidade da competição, com 14 rodadas, a sequência negativa se estende desde o início de julho, onde o Náutico passou de 91,5% de chances de acesso para apenas 0.2%. O time da Rosa e Silva soma dez derrotas nas últimas 13 partidas disputadas, sofrendo 24 gols em média de 1.8 por jogo.

Mesmo sendo o setor defensivo um dos mais carentes no elenco, nenhum reforço para a zaga foi anunciado recentemente. No total, seis atletas foram contratados em setembro, incluindo Anderson. Com o retorno do arqueiro, o Náutico passa a ter cinco goleiros em seu elenco principal, enquanto apenas quatro de seus jogadores são zagueiros. 

"A diretoria participa de todos os debates que acontecem no futebol, mas alguns assuntos de natureza mais técnica, mais aprofundada, ficam realmente com o corpo técnico do clube e a diretoria confia muito na convicção, na opinião que eles têm. A demanda de contratação de zagueiro não surgiu", declarou Diogenes.

Além da situação no mercado na Bola, a diretoria alvirrubra atribuiu a questão financeira como um dos principais empecilhos na busca de peças de reposição. Porém, segundo Edno Melo, presidente do Timbu, a limitação nos cofres alvirrubros não limitou a onda recente de contratações.

"Nossa base é a responsabilidade financeira e administrativa e isso temos feito. Não podemos fingir dos nossos princípios, incluindo a administração financeira, mas também não podemos achar que a limitação não nos impede de ir atrás, buscar recursos e novos elementos criativos”, comentou.