Cinema

Em edição híbrida, Animage ocupa o Teatro do Parque

Festival de animação conta com exibições presenciais e sessões online

"Emidoiña", de André Abujamra - Divulgação

Produções animadas que recorrem a diferentes técnicas e com diversas nacionalidades vão se reunir na 11ª edição do Animage - Festival Internacional de Animação de Pernambuco. Desta sexta-feira (8) até o dia 17 de outubro, o tradicional evento exibirá 170 filmes de mais de 60 países, adotando pela primeira vez um formato híbrido e com programação totalmente gratuita. 

Em 2020, por conta da pandemia de Covid-19, o festival não chegou a ser realizado. Com o apoio da Lei Aldir Blanc, uma versão especial totalmente online foi ao ar em março deste ano. “A pandemia trouxe o exercício de buscar novas plataformas de exibição. Acho legal ter o público local presencialmente e, ao mesmo tempo, poder expandir a audiência através do digital”, afirma Antonio Gutierrez, idealizador e diretor do Animage. 

As exibições online poderão ser acessadas de qualquer parte do Brasil, através do site oficial do evento. Já as sessões presenciais ocorrem no Teatro do Parque, tradicional reduto da cinefilia recifense que foi recentemente reformado e reaberto ao público. “O Teatro do Parque é um lugar histórico. Cada um tem uma memória afetiva relacionada a esse lugar. Ser o primeiro festival audiovisual a ocupá-lo após o seu retorno traz um orgulho enorme”, aponta.
 

Com curadoria assinada pelo jornalista e crítico de arte Júlio Cavani, a programação traz trabalhos como o longas-metragem “Wolfwalkers”, de Tomm Moore e Ross Stewart, indicado ao Oscar de melhor animação deste ano, que será exibido presencialmente no dia 12 de outubro, às 16h. Outro destaque é a ópera rock “Emidoinã”, que integra o novo disco do artista André Abujamra e ganha sessões virtuais no sábado (9) e no dia 16, às 19h. 

Além de masterclasses, oficinas e bate-papos, o Animage reúne também curtas-metragens, segmentando entre a mostra competitiva e outras dez mostras especiais com recortes específicos. Há espaço garantido para produções pernambucanas, que inclui títulos como “Un”, de Paulo Leonardo, e “O Homem das Gavetas”, de Duda Rodrigues.