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'Sou inocente', diz à Justiça alemão de 100 anos acusado de crimes nazistas

Cemitério Judeu, na França - Frederick Florin/AFP

O alemão Josef Schutz, de 100 anos, ex-guarda de um campo de concentração nazista na década de 1940 que está sendo julgado por seus supostos crimes, declarou, diante da corte nesta sexta-feira (8), que é "inocente". 

"Não sei nada a esse respeito", disse Schutz, que esta semana se tornou o réu mais velho a ser julgado por supostos crimes cometidos durante o nazismo.
 

Ao ser questionado sobre seu trabalho no campo de concentração de Sachsenhausen, perto de Berlim, durante a Segunda Guerra Mundial, afirmou ser "inocente". 

Schutz, um ex-cabo da divisão "Totenkopf" das SS, é acusado de "cumplicidade na morte" de 3.518 prisioneiros do campo de concentração de Sachsenhausen, entre 1942 e 1945. 

Desde que foi inaugurado, em 1936, até sua libertação por parte dos soviéticos, em 22 de abril de 1945, cerca de 200.000 prisioneiros passaram pelo campo de Sachsenhausen, principalmente opositores políticos, judeus e homossexuais. 

Dezenas de milhares deles morreram de exaustão, devido ao trabalho forçado e às cruéis condições de detenção.