Butantan garante que dados para registro da Coronavac no Brasil foram entregues à Anvisa em 2020
Contrato emergencial para aquisição do imunizante acabou no mês de setembro e a Anvisa ainda não concedeu o registro definitivo
A vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, não está mais registrada para uso no Brasil. Acontece que o registro dado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a vacina foi emergencial e acabou no mês passado. De acordo com o Butantan, o órgão sanitário brasileiro recebeu, no dia 20 de novembro de 2020, a primeira parte dos dados de imunogenicidade da CoronaVac, documentação necessária para oficializar o pedido de registro definitivo da vacina.
Em janeiro, o governo federal assinou contrato com o Instituto Butantan para aquisição de 100 milhões de doses da CoronaVac, que foi finalizado no mês de setembro. Atualmente, apenas duas vacinas contam com registro definitivo no País: a Pfizer/BioNTech e a Oxford/AstraZeneca.
O Butantan informou que a partir do momento da entrega do pedido de registro definitivo, uma série de discussões foram iniciadas com a Anvisa, o que fez com que houvesse esse atraso nos resultados dos testes de imunogenicidade. "Se houvesse tido consenso nos métodos propostos pelo instituto, o processo já estaria concluído e o registro definitivo da CoronaVac já teria sido concedido", informou, por meio de nota, o instituto.
Em declaração dada na terça-feira (5), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que depende da Anvisa. "Uma vez a Anvisa concedendo o registro definitivo, o Ministério da Saúde considera essa ou qualquer outra vacina para fazer parte do PNI", disse.
Para agilizar o processo de registro, o Butantan fechou um acordo com a Sinovac para que as análises complementares de imunogenicidade sejam realizadas em parceria com o laboratório. As amostras já foram enviadas para análise no padrão requerido pela Anvisa.