Futebol

O Sport não vai cair na bola e nem no tapetão

Ao derrotar o Corinthians por 1x0, o Leão consegue o terceiro triunfo seguido na Série A, e a sua defesa na Justiça Desportiva é animadora

Após o golaço, Paulinho Moccelin endoidou de vez ao tirar até a camisa na hora da comemoração - Foto: Anderson Stevens/Sport Club do Recife

Nada melhor que um dia após o outro para as coisas mudarem nessa vida. Quando vi o Sport apanhando de todo mundo e ainda fazendo um bocado de “caquinha” no Departamento de Futebol, não tive dúvida de cravar a queda do Leão para a Segundona. Mas, em pouco tempo, novos fatos me fizeram rever os conceitos. Primeiro, Thiago Neves e André, dois jogadores em fim de carreira que só estavam empurrando o time pra baixo, deixaram o clube. Depois, na questão do Executivo, o presidente Leonardo Lopes, que não entende nada de futebol, pediu licença do cargo.

Com isso, o técnico Gustavo Florentín começou a ter liberdade para mostrar que não é um “cavalo paraguaio”. Dando chance e confiança aos pratas-da-casa e armando bem as peças do elenco, o treinador está conseguindo armar um time de verdade ao ponto de animar a torcida de vez. Também pudera. Com a vitória de 1x0, ontem, em cima do Corinthians, na Arena de Pernambuco, o time rubro-negro alcançou o terceiro triunfo seguido na competição. E olhe que não estavam em campo o atacante Everaldo e nem o homem dos parafusos frouxos, o “Leão” Hernanes, vulgo Profeta.

Já na questão Jurídica, a cada dia que passa, me convenço que o Sport não perderá os 17 pontos por ter escalado em alguns jogos o perronha do zagueiro Pedro Henrique. Ontem, nove clubes que estão na parte de baixo da tabela deram entrada numa notícia de infração com o objetivo de transformá-la numa denúncia.

Mas, segundo o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho; o vice Jurídico do Sport, Rodrigo Guedes; e o jurista esportivo Maurílio Teixeira, o Leão não deve ser punido porque o Regulamento Específico da Competição (REC) é o que vale para o Brasileiro deste ano. Eles afirmam que todos os 20 clubes participantes aprovaram este regulamento antes de o atual Brasileirão começar, e que já houve outros casos parecidos em que o Superior Tribunal da Justiça Desportiva (STJD) julgou a favor do REC.

Vale a pena frisar que Regulamento Específico apenas considera como atuação “o ato de iniciar a partida na condição de titular ou entrar em campo no decorrer da mesma como substituto”. “Com isso, o clube não corre o risco de perder pontos na competição", cravou Evandro. Então, é continuar fazendo bonito em campo para se livrar de vez da Segundona. Pode acreditar.