Transposição e segurança hídrica entram na pauta de debate do Crea-PE
Projeto, que vai levar água para 12 milhões de pessoas de quatro Estados do Nordeste, será discutido na quinta-feira (14), a partir das 19h, na TV Crea-PE, pelo YouTube
Depois de 14 anos do início das obras, a Transposição do Rio São Francisco está na reta final da construção. Com a conclusão da parte física, entra a fase de operacionalização. Questões como o valor da tarifa da água e a distribuição dela aos Estados contemplados no projeto precisam ser tratadas. Exatamente para iniciar esta discussão, o Crea-PE realiza na quinta-feira (14) o debate com o tema: “A Transposição do São Francisco e a segurança hídrica da região”.
O debate visa buscar respostas e apontar alternativas para garantir uma segurança hídrica, levando uma água acessível para consumo humano, pequenos agricultores. O evento acontece a partir das 19h, com transmissão ao vivo pela TV Crea-PE, no YouTube. Os participantes podem, depois das apresentações, fazer perguntas, considerações e sugestões pelo chat do YouTube. Este é o terceiro debate coordenado pelo CTP, sendo os primeiros temas sobre o Arco Metropolitano e a Transnordestina.
O evento, que acontece no formato virtual, é coordenado pelo Comitê Tecnológico Permanente (CTP) – eixo Um projeto para Pernambuco e o Brasil. O debate conta com a participação do engenheiro civil Tiago Portela, coordenador-geral de Obras e Fiscalização do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) do Ministério do Desenvolvimento Regional; do engenheiro civil Joaquim Gondim, superintendente da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA); e da engenheira civil Fernandha Batista, secretária de Infraestrutura e de Recursos Hídricos de Pernambuco, como palestrantes.
A mediação ficará por conta do engenheiro civil e coordenador do Eixo 3 “Um Projeto para Pernambuco e o Brasil” do CTP, João Recena. O projeto da Transposição tem dois eixos principais: o norte e o leste. Os dois estão com pelo menos 97% das obras concluídas, conforme informação de Tiago Portela. Segundo ele, algumas obras complementares estão sendo viabilizadas, desde os processos de abertura de licitação à contratação para execução da obra. “Mais de 95% do ramal do Agreste está pronto, com a conclusão total prevista para ocorrer até o final do ano”, garante Portela.
A transposição prevê deslocar água do São Francisco e abastecer quatro Estados nordestinos: Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, contemplando 390 municípios e beneficiando 12 milhões de pessoas. Para isso, estão sendo construídos quase 480 quilômetros de tubulação nos eixos norte e leste.