Polícia mira suspeitos de tráfico, lavagem de dinheiro e extorsão em Pernambuco e mais seis estados
A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, na manhã desta quinta-feira (14), a Operação Áquila, que visa a combater uma organização criminosa voltada para os crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, roubo de cargas e extorsão mediante sequestro.
Ao todo, foram cumpridos 22 dos 27 mandados de prisão expedidos e 28 mandados de busca e apreensão domiciliar e sequestro de veículos. Algumas das ordens judiciais são para pessoas já presas.
Os mandados foram cumpridos por 140 policiais civis em Pernambuco (no Recife, na Região Metropolitana e no Interior) e em outros seis estados: Acre, Rondônia, Pará, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Tocantins. A ação conta com o apoio das Polícias Civis desses estados.
As investigações tiveram início em maio de 2020, sob a presidência do titular do Grupo de Operações Especiais (GOE), o delegado Ivaldo Pereira.
"Começamos a investigar há cerca de um ano e cinco meses. [A investigação] foi direcionada a duas facções que se comunicavam para repassar droga uma para a outra", explicou o titular do GOE, o delegado Ivaldo Pereira.
Com o aprofudamento das investigações, a polícia descobriu que existia uma empresa no Tocantins que era responsável por receber o dinheiro do grupo pernambucano e adquirir a droga junto a empresas no Norte do País, especialmente na fronteira com países como Peru e Bolívia.
"A empresa não existe e em dois anos de "existência" movimentou R$ 40 milhões. Recebendo dinheiro de traficante, de presidiário envolvido com tráfico, de familiares de traficantes", acrescentou Ivaldo. Ao todo, em dois anos, foram movimentados cerca de R$ 65 milhões pelos criminosos.
O grupo era comandado por um presidiário e durante as investigações uma outra liderança foi presa. "Hoje foram presos esposas, outros parentes e comparsas. Nas buscas, foram apreendidas cerca de 10 quilos de maconha, seis quilos de cocaína, armamento, veículos", detalhou o titular do GOE.