'Esse trabalho coletivo silenciou um coro demoníaco, vindo de uma catedral da morte', diz Renan
O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), concluiu a leitura do relatório final da comissão. Sem citar nomes, o relator afirmou que as instituições vão precisar aceitar o "contexto e as recomendações" que constam no documento.
"A história não perdoa os omissos e responsabilizará os covardes", afirmou. O relatório será entregue na próxima semana ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que vai decidir quais medidas irá tomar em relação a autoridades com foro privilegiado, incluindo o presidente Jair Bolsonaro.
Renan disse que a comissão é "histórica, exemplar e com muitos legados para a sociedade". Ressaltou que a CPI foi um contraponto ao governo federal, que ele descreve como uma "catedral da morte", que adotava o obscurantismo em contraste com a ciência.
"Esse trabalho coletivo silenciou um coro demoníaco, vindo de uma catedral da morte, sediada pelo governo federal, geraram uma necrópole aterradora marcada pelo desprezo a vida, escárnio com a dor de mais de 600 mil famílias", afirmou.
O relator também afirma que a CPI obrigou o governo a adquirir vacinas contra a Covid-19. "A comissão obrigou o governo a abandonar a inação e o negacionismo para correr atrás de vacinas que, lá atrás, boicotou. São vidas preservadas, ainda que tenhamos uma das maiores letalidades do mundo pela incúria do governo", afirmou.
"Esse é o nosso maior legado. Vidas. A queda de infecções, mortes e hospitalização é consequência direta da imunização. Esse é o nosso maior legado: vidas. A queda de infecções, mortes e hospitalizações é consequência direta da imunização", afirmou.
O relator também afirmou que em nenhum momento a comissão se deixou afetar pelas eleições presidenciais do próximo ano. Ao final, Renan foi aplaudido pelos outros membros da comissão.