Carne de porco pode ser alternativa acessível e nutritiva à mesa
Versatilidade e benefícios nutricionais ajudam o produto a sair do estigma de antigamente
Não é de hoje que a carne suína vem ganhando mais espaço no mercado. A carne, considerada mais acessível em relação ao preço dos produtos bovinos atualmente, possui versatilidade e valor nutricional que vem sendo reconhecido nos últimos tempos. Tanto que, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o consumo doméstico de carne suína per capita deve apresentar alta de até 5% este ano.
Os números poderiam ser ainda melhores se essaproteína ainda não sofresse com a má reputação do passado. “Muitas pessoas ainda associam a carne suína àquela imagem antiga da roça, quando não havia tanto cuidado sanitário, mas hoje a situação é bem diferente”, comenta Milene Cristina Grande Bailo, nutricionista da Frigol.
Ainda segundo a nutricionista, alguns mitos precisam ser derrubado. Um deles é de que a carne suína é mais gordurosa. Na verdade, esse produto tem quase tanta gordura quanto a bovina. "Por exemplo, se pegarmos 100g de uma paleta suína, ela terá 6,3% de gordura. Se compararmos com o patinho, que é um corte considerado magro da carne bovina, ele possui 7,3% de gordura nas mesmas 100g. Ou seja, tem ainda mais gordura", diz a nutricionista.
As recomendações da Anvisa para o consumo da carne suína incluem consumi-la apenas depois de cozida, frita ou assada completamente, manter a carne refrigerada ou congelada até o momento do preparo, separá-la de outros alimentos e não lavar o produto cru antes do manuseio.
Quem pode comer – Esse é outro mito que remete aos tempos antigos quando muitas doenças eram transmitidas pela falta de cuidado sanitário na criação dos animais. "Hoje, comprando o produto de um bom fornecedor, o risco de contaminação é praticamente nulo. Qualquer pessoa pode consumir, de qualquer faixa etária e condição. É uma carne nutritiva e uma ótima fonte de proteína", destaca Milene Cristina.