Rádio Folha FM registra 50 anos de Quinteto Violado
A banda celebra 50 anos de carreira com lançamento de livro de José Teles e show intimista
A Rádio Folha 96,7 FM registrou, nesta quarta-feira, os 50 anos de carreira da banda Quinteto Violado. O programa Folha na Tarde, comandado pela apresentadora Patrícia Breda, recebeu Dudu Alves, integrante do Quinteto Violado e o jornalista, crítico musical e escritor José Teles, que lançou, nesta quarta-feira, a edição atualizada do livro “Lá Vêm Os Violados – Os 50 Anos de Trajetória Artística do Quinteto Violado” no Teatro de Santa Isabel, local que também sediou no mesmo dia um show especial da banda para 200 convidados.
Durante a conversa com Dudu Alves (filho de Toinho Alves, integrante da primeira formação da banda, falecido em 2008), muitas histórias foram relembradas. Dudu, que passou a integrar a banda em 1990, já a acompanhava nos bastidores desde menino. Questionado sobre o repertório do show, ele explicou a complexidade para selecionar as músicas que descreveriam da melhor maneira o legado da banda: “são mais de 50 álbuns entre LP’s, CD’s, DVD’s ao longo destes anos, mas algumas marcaram nossa jornada e estarão presentes neste show”, detalha. Dudu contou ainda que o show será uma verdadeira viagem pela história do Quinteto, passeando pelo frevo, ciranda, forró, xote e baião.
Patrícia Breda encerrou a entrevista com o recente single “Tempo” de Dudu Alves, que fala sobre o início da estrada dos cinco rapazes que, a partir de 1971, passaram a cantar o Nordeste. O single está disponível em todas as plataformas digitais.
Surgido em Pernambuco no momento pós-tropicalista (1971), o Quinteto focou na música regional, valorizando a cultura brasileira, através de trabalhos de pesquisa e agregando as experiências pessoais dos seus integrantes. Desta época até hoje, o Quinteto e sua identidade sonora – construída a partir do contrabaixo, violão, viola, flautas, teclados, percussão e vozes – conquistam cada vez mais admiradores pelo Brasil e pelo mundo.História
O estilo free nordestino da banda se caracteriza pelos arranjos com a identidade nordestina e a influência da música do mundo. A música do Quinteto é orgânica, com personalidade local, mas, quando projetada, tem referências que independem de nacionalidade. É um som universal com fortes influências nordestinas e cosmopolitas na sua harmonia. Algumas poesias ou letras são dos próprios integrantes, mas a maioria é leitura do cancioneiro popular, que recebe roupagem nova com arranjos transformadores. As músicas tem um toque de jazz, passeando do erudito ao mais popular dos estilos.