Televisão

'The Voice Brasil' renova o formato e a dinâmica com time dos rejeitados

Divulgação

 Depois de nove anos no ar, é natural que o “The Voice Brasil” ganhe novidades para darem gás novo à disputa musical. Afinal, além de já se tratar e um velho conhecido do público, o programa já ganhou uma versão infanto-juvenil e outra para os candidatos mais experientes. Nesta décima temporada, o reality traz um quinto técnico, mas que tem uma particularidade: só pode selecionar os candidatos que são dispensados pelos colegas nas audições. Ou seja, Michel Teló não vira cadeira nenhuma, mas pode aparecer repentinamente depois que um aspirante a melhor voz da competição não conquista uma vaga nas equipes de Lulu Santos, Carlinhos Brown, Claudia Leitte e Iza. Uma mudança interessante – principalmente se, ao final, o grande vencedor sair justamente desse grupo.

Pode-se dizer que a posição de Teló funciona como uma espécie de afago no público. Mesmo porque é comum que, durante as apresentações, os telespectadores avaliem se cada candidato merece ou não ter alguma – ou até todas, em alguns casos – cadeira virada. E esse “poder” não se resume às audições às cegas: o mesmo acontece na fase de tira-teima. Então, os eliminados, além de poderem ser salvos pelo “peguei” dos demais técnicos, também concorrem às vagas de Michel Teló. E, nas batalhas, o privilégio é todo do Time Teló, pois somente ele tem o poder de resgatar as vozes.

À primeira vista, parece uma mudança simples. Mas, até pelo bom histórico de Teló no programa – das seis temporadas que participou, só não ganhou a última, que ficou com o Time Iza –, a novidade tem tudo para acirrar ainda mais a disputa e, quem sabe, consagrar alguns rejeitados inicialmente pelos técnicos oficiais. E somente na batalha dos técnicos é que os grupos passarão a competir de igual para igual. Aí, sim, a promessa é de que Teló abandone seu set privado e, então, assuma uma cadeira no palco do “The Voice”, ao lado dos outros técnicos. Será uma forma de garantir uma virada no meio da temporada, a partir de uma dinâmica inesperada. E tudo indica que a final seja entre cinco, e não quatro times, como de costume.

Nesta edição, não há novidade na seleção dos técnicos, já que todos fizeram parte do programa em edições anteriores. No lugar de Teló, voltou Claudia Leitte, que já tinha dado expediente no reality nas cinco primeiras levas de episódios. Nesse aspecto, a Globo poderia ter inovado mais, levando alguém novo para compor o grupo. Principalmente porque se trata de um formato estrangeiro e, com isso, é mais difícil mexer tanto assim na competição, sem abandonar a essência.