Retirada de destroços do avião em que estava Marília Mendonça custou R$ 60 mil
Cabo de torre estava enrolado no eixo entre a hélice e o um dos motores. Material seguiu nesta quarta-feira para Goiânia, onde será pericidado
A operação para a retirada dos destroços do avião Beechcraft King Air C90A, que caiu em Piedade de Caratinga, Minas Gerais, na última sexta-feira, matando a cantora e compositora Marília Mendonça e outros quatro tripulantes do voo, custou em torno de R$ 60 mil.
O montante foi pago pela PEC Táxi Aéreo, dona da aeronave, que já pertenceu à dupla sertaneja Herique e Juliano. O valor de mercado do modelo varia hoje entre R$ 3,5 milhões e R$ 10 milhões.
O trabalho de remoção durou três dias e envolveu oito pessoas, dois caminhões-guincho, duas caminhonetes 4 x 4 e oito viagens entre o condomínio onde o avião caiu e a sede da Fervel Guinchos, empresa responsável pelo serviço, localizada no Centro de Caratinga.
Fabricado em 1984, o King Air C90A tem capacidade para seis passageiros, além do piloto, e suporta 4.756 kg. Após a queda no Córrego do Lage, seus destroços somaram seis toneladas. A aeronave foi dividida em quatro partes para facilitar seu transporte pelas ruas estreitas do condomínio.
A parte da fuselagem seguiu na terça-feira para o Rio. Os dois motores foram encaminhados nesta quarta-feira para o Centro de Serviços Aeronáuticos (CSA), em Goiânia, onde será analisado.
Numa avaliação inicial foi possível perceber que um dos motores foi avariado pela queda da aeronave. No outro foi encontrado um cabo enroscado no local chamado de eixo do motor, que consiste na ligação entre ele e a hélice.
Um dos focos da investigação das causas do acidente aponta para a probabilidade de a aeronave ter tocado no cabo de uma torre de transmissão de energia da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) que fica perto do aeroporto.