Queijos brasileiros levam 14 medalhas em concurso internacional na Espanha
O World Cheese Awards aconteceu na primeira semana de novembro e avaliou laticínios de todo o mundo
Não é de hoje que a produção de laticínios brasileira arranca elogios da comunidade internacional. Dessa vez, queijos catarinenses, mineiros e paulistas foram destaque na 33ª edição do World Cheese Awards, que aconteceu na primeira semana de novembro, na cidade de Oviedo, na Espanha.
O Brasil conquistou 14 medalhas, sendo duas de ouro, além das honrarias em prata e bronze. No topo do pódio ficaram o queijo catarinense Vale do Testo, produzido pela empresa Pomerode, e o mineiro Serra das Antas, tipo reblochon. O grande campeão do concurso foi um exemplar espanhol da marca Quesos y Besos.
O sabor dos campeões
O queijo Vale do Testo, produzido com leite de vaca, tem massa semidura. O laticínio passa por seis meses de maturação, período em que suas características aromáticas são potencializadas. Já o Serra das Antas tem textura compacta, semimole e sabor suave. Os 12 outros queijos premiados com medalhas de prata ou bronze são todos confeccionados em São Paulo e Minas Gerais (predominantemente na região da Serra das Antas).
Investimento é decisivo
Segundo Claudia Stehling, analista do Sebrae, reconhecimentos como esse são fruto de produtos de qualidade de iniciativas mais amplas. “Temos atuado junto ao Ministério da Agricultura para a implementação de normativas que contribuam no apoio aos pequenos produtores. Uma dessas medidas refere-se ao selo-arte, que permite o trânsito do queijo e outros produtos de origem animal entre os diferentes estados da Federação”, comenta Cláudia.
Ainda de acrdo com Stehling, atualmente a entidade assiste diretamente produtores artesanais de queijo, por meio de projetos e oportunidades de acesso a novos mercados e realiza um trabalho de mapeamento para identificar outros pequenos produtores que poderiam ser beneficiados com a obtenção do selo-arte.
“Além disso, o Sebrae está realizando um inventário para localizar os produtos artesanais típicos e regionais que serão divulgados por meio de uma plataforma digital que a instituição está desenvolvendo e que vai funcionar como uma vitrine para esses produtos”, complementa Claudia.