"Machuca ainda", diz Gil do Vigor, após Deliberativo do Sport decidir não punir caso de homofobia

Decisão do Conselho Deliberativo do Sport foi firmada em reunião na noite desta terça-feira (9)

Seis meses após a divulgação dos áudios do conselheiro do Sport Flávio Koury, contendo comentários homofóbicos sobre a visita do ex-BBB e economista Gilberto Nogueira, o Conselho Deliberativo do Leão decidiu pela não punição do conselheiro. Em vídeo divulgado na tarde desta quarta-feira (10) pelo GE, Gil do Vigor, como ficou conhecido, se manifestou de forma breve sobre o tema, lamentando a decisão. 

Apesar da decepção com a decisão tomada pelo CD rubro-negro, Gil, que é torcedor do clube, agradeceu o apoio da torcida e dos jogadores.

"Não quero me estender nesse assunto. É um assunto que me machuca ainda, me deixa mal, tô muito abalado ainda. Infelizmente fico triste pelo fato de ver que a homofobia continua sendo naturalizada. Obrigado à torcida, aos jogadores, mas infelizmente não senti o mesmo apoio de todas as instâncias, de pessoas que precisam aprender. Eu não vou me estender muito, não vou falar muito. Quem me conhece sabe da minha história e porque isso é tão doloroso pra mim", disse. 

Entenda o caso

O caso ocorreu em maio, pouco depois da visita de Gil à Ilha do Retiro, que havia saído recentemente do Big Brother Brasil e desfrutava de alta popularidade. Na visita, Gil fez fotos com a então nova camisa do clube e gravou alguns vídeos, onde de forma descontraída falava sobre sua relação com o Sport. 

Dias após a divulgação das imagens, foram divulgados áudios do conselheiro Flávio Koury em um grupo de conselheiros do clube no Whatsapp, onde fazia ofensas homofóbicas direcionadas à Gil. 

Parte da torcida se manifestou nas redes sociais, condenando a atitude de Flávio Koury, além de pedir a exclusão do conselheiro do quadro de sócios do Sport.

No entanto, em reunião realizada na noite desta terça-feira (9), Flávio Koury não recebeu punição do Conselho Deliberativo. Uma advertência por escrito havia sido definida pela Comissão de Ética, mas não foi acatada pelos demais conselheiros, mantendo a posição pela não punição.