Hamilton teme penalidade de cinco posições na largada do GP do Brasil
Atual campeão da Fórmula 1, o britânico pode ter suas chances de vitória na luta pelo título mundial com o líder, Max Verstappen (Red Bull), reduzidas
O atual campeão da Fórmula 1, o britânico Lewis Hamilton (Mercedes), disse nesta quinta-feira que pode ser punido com uma sanção de cinco posições na largada do Grande Prêmio do Brasil por uma possível troca de motor em seu carro.
Mas o temor do heptacampeão mundial ainda não foi confirmado, em meio à espera de várias equipes, incluindo a Mercedes, pelos contêineres de carga, atrasados após o GP do México no último fim de semana.
"No momento, realmente não posso comentar nada. Não sei, acho que os motores ainda não chegaram", disse ele aos repórteres em São Paulo, onde o Grande Prêmio será disputado entre sexta e domingo.
"Pelo que eu sei, meu motor está bom, mas descobriremos mais tarde (...) Ainda não pudemos fazer nossa reunião de engenharia", disse ele.
Se a Mercedes decidir que Hamilton deve usar o quinto motor da temporada, o piloto receberá uma penalidade automática de cinco posições no grid de largada. Isso reduziria suas chances de vitória na luta pelo título mundial com o líder, o holandês Max Verstappen (Red Bull).
No circuito de Interlagos, onde venceu em 2016 e 2018, o britânico espera triunfar novamente depois de três corridas sem vitórias, as duas últimas vencidas por Verstappen.
"Eles tiveram um carro muito forte durante todo o ano, o mais forte. Acho que fizemos tudo o que esteve ao nosso alcance", garantiu Hamilton.
"Neste fim de semana vamos pressionar para ver se podemos exigir mais do carro, mas prevemos que será difícil vencê-los", acrescentou.
Dezenove pontos atrás de Verstappen, Hamilton, de 36 anos, insistiu que a prioridade da equipe é o título de construtores, conquistado consecutivamente desde 2014.
Com quatro etapas pela frente, a Mercedes está apenas um ponto à frente da Red Bull.
“Para ser totalmente sincero, não estou pensando em mim (...) Claro que quero ganhar o mundial de pilotos, mas o campeonato de equipes é muito importante pelos recursos que você consegue para o desenvolvimento e pelas pessoas que trabalham na fábrica", apontou.
Atraso na chegada dos equipamentos
Diante dos atrasos na chegada dos equipamentos vindos do México, atribuídos ao mau tempo, a Fórmula 1 flexibilizou os prazos na preparação dos veículos.
Normalmente, as escuderias devem submeter seus carros ao controle técnico 18 horas antes dos primeiros treinos livres, marcado para sexta-feira ao meio-dia. Agora, o prazo foi reduzido para três horas antes do início dos treinos.
A decisão de disputar três finais de semana consecutivos em países tão distantes entre si (México, Brasil e Catar) colocou pressão sobre a logística que é necessária ao desenvolvimento da reta final da temporada.
No entanto, a F1 garantiu que os atrasos certamente não terão grande impacto nas atividades deste final de semana, já que os equipamentos que faltam devem chegar nesta quinta-feira.
O chefe da Haas, Gunther Steiner, afirmou que sua equipe não possui algumas partes dos carros, incluindo os motores.
"Acho que nos faltam as caixas de ferramentas. Sem elas, você não pode trabalhar", disse ele.
"Acho que vamos sair bem dessa", afirmou Steiner. "Mas se tivermos este problema na próxima semana [no Catar], acho que haverá consequências maiores."